Na madrugada desse domingo, 3, um grupo armado, a bordo de lanchas rápidas, entrou no território da costa centro-norte da Venezuela. A ação, por sua vez, foi neutralizada pelas forças de segurança bolivarianas.
De acordo com o mandatário venezuelano, Nicolás Maduro, o objetivo da incursão era o seu assassinato. As afirmações foram dadas durante a Cúpula Telemática dos Chefes de Estado e de Governo do Movimento Não-Alinhado (MNOAL), onde, segundo Maduro, seu governo tem “evidências, testemunhos e vídeos” dos locais de treinamento que os mercenários utilizam na Colômbia. Além disso, os órgãos da Inteligência venezuelana, têm informações de que os mercenários são financiados pelos EUA, afirmou o mandatário.
Segundo informações dadas em comunicado das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB), “um grupo de mercenários terroristas” realizou, nas primeiras horas do domingo (3), uma flagrante “invasão contra a soberania nacional, fingindo pousar com material de guerra nas costas de Macuto, estado de La Guaira”. Por conseguinte, o ministro do Interior e da Justiça, Néstor Reverol, revelou que vários dos “terroristas” foram mortos na operação e outros capturados. Como resultado da operação das FANB, foram apreendidos seis veículos, um arsenal de 10 rifles de assalto, duas metralhadoras – que foram roubadas do parque de armas do legislativo Palácio Federal, uma pistola, cartuchos de calibres diferentes e um barco.
Reverol, por sua vez, reafirmou que o objetivo dos mercenários era infundir “atos terroristas no país, promover o assassinato de líderes de governos revolucionários, aumentando a espiral de violência, gerando caos e confusão na população, como parte de uma nova tentativa de golpe”.
Essa, portanto, é apenas mais uma agressão do imperialismo à Venezuela. Já foram várias desde o inicio do coronavírus, demonstrando que, para avançar com a sua dominação política e econômica, o imperialismo não faz quarentena. Além de um bloqueio econômico criminoso, o imperialismo fomenta grupos mercenários para minar governos de esquerda que se interponham aos seus interesses. É preciso defender de maneira incondicional o governo venezuelano contra os ataques do imperialismo. Somente a união de todos os trabalhadores latino-americanos pode expulsar o imperialismo do continente; o que se dará na luta popular nas ruas e na união dos povos da América Latina pelo socialismo.