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Abaixo a política de destruição do futebol pelos capitalistas: colocar os clubes sob o controle dos torcedores!

O incêndio no Centro de Treinamento (CT) do Clube de Regatas Flamengo, o famoso Ninho do Urubu, que deixou até agora dez vítimas fatais (jovens das categorias de base do clube), demonstrou empiricamente como os capitalistas tratam o futebol.

Mesmo após várias advertências recebidas de diversas entidades há anos, a diretoria do Flamengo continuou mantendo as jovens promessas em condições precárias e perigosas de infraestrutura.

Os jogadores de categorias de base dos clubes brasileiros têm o sonho de virarem profissionais e para isso se submetem às condições mais humilhantes, já sondados por empresários em busca de explorar seu talento para embolsar grandes lucros.

Tanto as instalações dos clubes como o salário dos jogadores de categorias de base são precários, enquanto o investimento – realizado cada vez mais por empresas privadas com grande interesse em lucrar com as “marcas” dos clubes populares – escoa para áreas que atendam somente às necessidades dos capitalistas, que, a rigor, compram os dirigentes.

As diretorias dos clubes são verdadeiras máfias burocráticas, cujos membros são sempre os mesmos ou dos mesmos grupos políticos (muitas vezes ligados realmente com políticos do Estado), sejam eles da situação ou da “oposição”. Quando não são os velhos burocratas, aparecem “novos” dirigentes, que têm por trás de si capitalistas – muitos estrangeiros – que buscam o controle direto das agremiações.

Os conselhos de diretores, as diretorias, os departamentos esportivos, todo o aparato dos clubes de futebol, são controlados de maneira completamente independente dos interesses dos jogadores, que não têm poder de decisão algum. E, mais ainda, estão totalmente alheios aos torcedores, que são os mais interessados no bom funcionamento da estrutura clubística e no desenvolvimento de seus respectivos clubes de futebol.

Ao contrário de atender aos interesses dos torcedores, os clubes – controlados pelos dirigentes burocratas a serviço dos capitalistas – atentam contra esses interesses. Três dos exemplos mais claros disso são: 1) a venda a “preço de banana” dos craques brasileiros, ainda jovens, pela associação entre clubes e empresários, aos grandes centros do futebol europeu, que, como expressão clara do desenvolvimento capitalista para o imperialismo, se tornam poderosos por causa da riqueza acumulada por suas burguesias e têm condições de – assim como fazem os países imperialistas – explorar os países atrasados, adquirindo seus jogadores que, como no caso do Brasil, são os melhores do mundo; 2) o aumento exponencial e frequente dos preços dos ingressos, que atinge diretamente a massa de torcedores (cuja esmagadora maioria pertence à classe operária), para repassar o lucro arrecadado aos investidores capitalistas; e 3) a privatização ou construção por grandes companhias de estádios, sem a menor necessidade disso, a fim de transformar os clubes em escravos dos interesses capitalistas que sugam a maior parte da renda arrecada pelos estádios e tudo o que gira em torno desse negócio.

Por isso, a única maneira de democratizar as administrações dos clubes de futebol – e o mesmo deve ser feito com as federações regionais e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) – é colocando-as sob o controle dos torcedores, que são os que sofrem e apoiam verdadeiramente os clubes, não importando sua situação. Os torcedores são os que entendem as necessidades dos clubes, inclusive há anos, em diversos clubes e também de forma unificada, eles se organizam para tratar dos assuntos administrativos – sem que tenham qualquer apoio, e na verdade sendo boicotados, das diretorias.

Os torcedores devem tomar os clubes em suas mãos, com o apoio dos jogadores (tanto profissionais como os das categorias de base), a fim de desburocratizar, democratizar e reestruturar por completo as suas administrações, eliminando o controle dos capitalistas sobre os clubes e colocando-os a total serviço das massas torcedoras e trabalhadoras.

Somente sob o controle democrático dos torcedores, os investimentos poderão ir para as principais áreas, como a melhoria das estruturas, das condições de estadia e trabalho dos jogadores, da popularização do preço dos ingressos e da manutenção dos craques ao invés de irem tão cedo para os centros capitalistas, esvaziando os gramados brasileiros.

Nesse sentido, as torcidas organizadas são coletivos que devem tomar a dianteira nessa luta. Elas devem elevar seu nível de organização e de união entre os agrupamentos do maior número possível de clubes de todo o Brasil. São o embrião de uma nova forma de política para o futebol, democrática, de base, do povo, porque o esporte do povo não pode ficar refém daqueles que exploram o povo.

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