Neste momento em que o governo fraudulento de Bolsonaro encontra-se nas cordas, o regime golpista procura conter as mobilizações populares, que estão em uma crescente nas últimas semanas desde o dia 15 de maio.
Temendo a radicalização do movimento, a direita procura reprimir duramente as manifestações. No último ato, o da paralisação geral do dia 14 de junho, 10 estudantes da USP foram presos, além de outros 4, totalizando 14 presos só no estado de São Paulo.
Este caso ilustra perfeitamente a truculência e a arbitrariedade da direita golpista. Inicialmente não foi divulgado nenhum motivo para estas prisões, como destacado nesta matéria do sítio Brasil de Fato, mas na sequência, a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça informou que estes 10 foram detidos por conta de um incêndio de um carro no dia 14, de acordo com a matéria do sítio G1.
A matéria publicada no Brasil de Fato informa que, até o início da tarde do dia 14 os manifestantes encontravam-se isolados no pátio do 16º batalhão da 3ª Cia. da Polícia Militar, um prédio anexo à delegacia, sem que sequer houvesse um registro de ocorrência.
Pouco tempo depois, uma outra matéria do Brasil de Fato informou que após mais de 24 horas, finalmente os manifestantes detidos no ato na USP foram soltos. A matéria informa que a soltura se deu através da decisão da juíza Bruna Acosta Alvarez, sob as denúncias de familiares, sindicalistas e advogados de que as prisões foram arbitrárias, sem que nenhuma prova fosse apresentada.
Como reação à este ato claro de perseguição política, do lado de fora do Fórum realizou-se um ato vigília em defesa dos detidos, que foram acusados sem provas de por fogo em um carro na avenida Vital Brasil. Um relato do advogado Roberto Podval, que intercedeu no caso, é muito esclarecedor. Reproduzimos ele à seguir:
“Nós estamos em 2019 e as pessoas não podem se manifestar, já passou esse momento. Não tem uma arma, o que tem é estilingue e bolinha de gude, não tem ninguém ferido, não teve dano ao patrimônio público, teve um carro incendiado que acho que não tem nem dono, não tem vítima. Isso é um absurdo, estamos punindo os estudantes como se estivesse no regime militar”, Roberto Podval, após a soltura dos manifestantes da USP.
Temos aqui uma clara perseguição política contra os estudantes e funcionários da USP por parte da direita golpista. É sinal de que esta direita está acuada e serve de impulso para a esquerda levar àdiante a luta pela derrubada do governo Bolsonaro, por novas eleições e pela liberdade de Lula. Abaixo a perseguição aos estudantes da USP pelos golpistas!