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Uma vitória política

Abaixo a ditadura: atos foram uma resposta à extrema-direita

Diferente do que prega a esquerda pequeno-burguesa, é preciso sair às ruas para derrotar os golpistas e a extrema-direita

Em ordem da comemoração do golpe de 1964 pela direita e extrema-direita, dezenas de atos foram convocados em todo o país para demonstrar que as ruas não são dos militares e dos fascistas, mas da esquerda e da classe trabalhadora.

O direito concedido pelo “democrático” STF ao pedido do fascista Jair Bolsonaro para comemorar o golpe iniciado em 31 de março de 1964, momento no qual o país mergulhou numa ditadura militar que implantou um regime de terror contra a população brasileira, incitou a extrema-direita e serviu como um aceno para sua base social para um possível golpe militar. Essa manobra, longe de ser apenas uma mera festividade do capitão boçal, incorre no aprofundamento do regime ditatorial levado a cabo por Bolsonaro e os militares. Nesse sentido, era de fundamental importância a participação de todos os setores da esquerda, incluindo partidos, movimento sindical e movimentos sociais.

Como dever de todo partido que defende a classe operária, uma resposta à altura precisava ser organizada e, acima de tudo, colocada em prática. Se a classe trabalhadora pode enfrentar o transporte coletivo abarrotado de gente todos os dias, porque a esquerda não poderia organizar atos contra os fascistas? Afinal, era só tomar os devidos cuidados e convocar a população. Diferente da esquerda pequeno-burguesa, o PCO organizou e realizou dezenas de atos no país. Como era de se esperar, o apoio popular foi gigantesco e serviu para demonstrar que não falta ânimo para derrotar os golpistas, falta apenas uma ampla participação da esquerda. Os relatos dos companheiros que participaram dos atos asseguram o que toda a esquerda deveria saber: é preciso derrubar esse governo e parar o genocídio contra a população.

Em Florianópolis, o ato teve início às 16 horas, com algumas dezenas de pessoas na Catedral Metropolitana de Florianópolis. Já de início, foi feita uma panfletagem com o material dos Comitês de Luta. Os panfletos distribuídos, como era de se esperar, foram muito bem recebidos, com os companheiros presentes ajudando na distribuição do material. Constatou-se, demais, algo em torno de 95% de aceitação. As pessoas que passavam pelo ato fizeram inúmeras queixas do governo Bolsonaro. No decorrer do ato inúmeras pessoas foram se somando, inclusive o próprio Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), composto por professores e profissionais da saúde, chamou um ato em sequência que foi unificado contra a ditadura, denunciando o genocídio da volta às aulas e contra o genocídio da pandemia em geral feito pelos governadores golpistas e pelo próprio Bolsonaro. No final da tarde, o ato já contava com centenas de pessoas, estendendo-se até às 19 horas. Em um determinado momento, a Polícia Militar (PM) tentou intimidar os manifestantes e os organizadores do ato. No entanto, os manifestantes responderam à altura pedindo o fim da polícia militar. Segundo os organizadores, o ato foi bem positivo, e por mais que a direção dos setores da esquerda pequeno-burguesa o tenham boicotado, continuando em total paralisia, a base dos partidos estiveram presentes, com muito ânimo para derrotar o golpe e os fascistas.

Em Salvador, ato foi realizado na região central da cidade – local histórico de luta, na Praça Piedade, mesma região do Campo Grande, palco de luta desde o Brasil colônia. Com início às 14 horas, o ato terminou às 17 horas. Participaram companheiros do PT, da UJS, embora o pessoal não tenha levado as bandeiras por conta da capitulação e boicote das direções partidárias. A vereadora pelo PCB Maria Marighella, filha do revolucionário Carlos Marighella, assassinado pela ditadura, marcou presença; assim como alguns sindicatos: o Sindiprevi, a CUT Bahia, o Andes e outros representantes de outros sindicatos e membros da juventude de outros partidos. Houve uma presença grande de pequenos grupos da esquerda, como o SOS Revolução, Comitê Popular Camará e outras pessoas avulso. Ademais, teve uma plenária da CUT na mesma hora, o que serviu de pretexto para furar o ato e ficar em casa. Foram cerca de 50 pessoas no ato, o que foi positivo dada a sabotagem das direções da esquerda e a pandemia.

No Rio de Janeiro, o ato começou às 15 horas na Cinelândia e depois caminhou até a Central do Brasil. Centenas de  pessoas compareceram. Participaram da organização o PCO, a FIST e a Casa Nem. O companheiro André Constantine representou o Movimento Nacional de Favelas e Periferias. Com término às 18 horas. Os manifestantes passaram em frente ao Clube Militar indo em direção à Central do Brasil. Os panfletos distribuídos tiveram enorme aceitação pela população e demonstrou enorme disposição da população. Pode-se dizer que o ato foi muito positivo e só não foi muito maior por parte do boicote de boa parte da esquerda, que preferiu ficar em casa assistindo o genocídio do governo golpista de Bolsonaro ao invés de organizar a população para derrubar o governo.

É preciso destacar que os atos foram positivos e fizeram os fascistas recuarem, o que resulta numa vitória política contra os fascistas. Ontem foi um dia de luta contra a ditadura de ontem e de hoje; a esquerda precisa sair de casa e convocar atos gigantescos para avançarmos ainda mais contra a direita e a extrema-direita. Ao não ter saído de casa e participado dos atos contra os fascistas, boa parte da esquerda enterrou a cabeça na terra como manda a tradicional política de avestruz da esquerda pequeno-burguesa. Não foram as eleições que derrubaram a ditadura, mas a mobilização das massas contra os militares.

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