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Posse de Joe Biden

A vontade dos monopólios prevaleceu na maior ditadura do mundo

Os monopólios imperialistas conseguiram impor sua vontade elegendo Biden, agora devem avançar no sentido de atacar ainda mais os povos de todo o mundo

Com 25 soldados para cada um dos cerca de mil convidados, tomou posse na última quarta (dia 20) o novo presidente dos Estados Unidos da América, Joseph Robinette Biden Jr, “Joe Biden”, em uma gigantesca festa virtual, no momento em que a maior potência capitalista do mundo, superior a marca de 400 mi mortos pela covil-19 e se encontra em meio àquela que deve ser a maior crise de toda a sua historia.

Os métodos pelos quais os setores mais poderosos da burguesia imperialista – agrupais em torno do democrata – venceram o republicano Donald Trump (apoiado pelos setores mais débeis da burguesia dos EUA) foram os métodos de repressão aos cidadãos, nas eleições e após elas (censura, repressão, bloqueios, mentiras). Os monopólios imperialistas conseguiram impor sua vontade elegendo Biden por meio da manipulação e da fraude, apresentando o candidato ultra reacionário apoiado pelos bancos, maior indústria bélica do mundo, pelas gigantes do petróleo etc. como um elemento progressista, e depois censurando e reprimindo a extrema-direita.

A mobilização de cerca de 25 mil soldados (mais do que as tropas dos EUA no Afeganistão, na Síria e no Iraque juntas ) da Guarda Nacional dos EUA – uma espécie de exército interno que serve para reprimir a própria população do país – somente na capital, Washington D.C – além de zonas de milhares de outros militares pelo País afora – colocaram o País em meio a um verdadeiro estado de sítio, como resultado do clima de histeria generalizada propagandeada pela imprensa norte-americana e mundial após a invasão do Capitólio da capital do país, em que apoiadores de Trump protestaram contra a confirmação da eleição de Joe Biden, alegando fraude nas urnas e nos votos enviados pelos correios. 

A histeria embala não apenas a repressão imediata contra os manifestantes e o “estado de sítio”na posse, como também  abre as portas para uma nova caçada aos “terroristas” e “extremistas” que colocam em xeque a democracia fajuta nos EUA, com direito ao cerceamento da liberdade de expressão, perseguição por posicionamento político e prisão aos que agirem fora do que impõe o Estado. 

A mobilização de dezenas de milhares de soldados para proteger a posse de Joe Biden é um forte indício de que o novo presidente dos EUA levará muito a sério o que disse logo após a invasão do Capitólio, no sentido de que uma de suas principais prioridades no governo será a aprovação de leis contra o terrorismo interno, parecidas com a chamada lei antipatriótica de Bush, lei ultra reacionária da qual Biden foi um grande defensor dentro do Partido Democrata. 

Todo esse aparato repressivo, além de ser uma demonstração de força e de intenções claramente repressivas, serviram também para impedir atos no domingo anterior à posse, ou, pelo menos, esvaziar os que aconteceram. Muitas pessoas a favor de Trump ficaram com medo e deixaram de sair às ruas para protestar.

Não é preciso lembrar, mas não existe estado democrático em que os manifestantes (muito bem armados, ainda por cima) tenham medo de sair para atos públicos por conta da polícia.

Já na posse, ficou evidente que o novo governo será marcado por uma ampla demagogia com setores da pequena-burguesia norte-americana, como a retomada de tratados ambientais internacionais, que na prática só impedem o desenvolvimento de países atrasados, e por pautas identitárias. 

Mas, no fundamental o que temos é a direita imperialista abrindo caminho para um governo ainda mais reacionário e repressivo, o governo dos monopólios imperialistas, os que têm a capacidade de impor uma verdadeira ditadura.

Biden simboliza justamente a política neoliberal de devastação das condições de vida dos trabalhadores, destacadamente os negros e os latinos, maiores vítimas da política de “socorrer” os monopólios e deixar a população à mingua, adota como norma internacional do imperialismo.

Toda essa situação expressa um quadro de aprofundamento da crise histórica do capitalismo e de falência do carcomido regime político dos EUA.

O aumento desta crise, da divisão interna dos setores mais poderosos da burguesia mundial, é justamente o que de melhor pode acontecer para todos os países oprimidos e todos os trabalhadores do mundo.

Diante dela, a tarefa dos revolucionários, da esquerda, das organizações dos trabalhadores não pode ser apoiar a política de uma ala do imperialismo contra outro, mas tirar proveito da situação para fazer avançar a luta por uma perspectiva própria dos explorados diante da crise, para o que é fundamental a construção de um partido operário nos EUA.

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