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Outro militar bolsonarista

A “vitória” no MEC que virou uma derrota

Oficial da Marinha tenta se passar por educador para levar adiante a política reacionária de Bolsonaro e dos militares contra a Educação

Setores da esquerda burguesa e pequeno-burguesa, repetindo, como fazem habitualmente, a imprensa golpista, comemoraram a saída de Abraham Weintraub, do Ministério da Educação.

Os mais afoitos e mais contrários a qualquer mobilização real contra o governo Bolsonaro, como o PCdoB, que defendem uma frente ampla com os golpistas especialistas em destruição da Educação, como o PSDB, “campeão mundial em destruição do ensino público”, chegam ao extremo de apresentar a saída de Weintraub como uma “vitória” da mobilização da UNE e de outros setores, mobilização que não existiu e que se resumia a inúteis apelos no mundo virtual e apoio à campanha que setores da direita golpista de fora do governo faziam contra os “exageros” do ministro “olavista”, principalmente nos seus ataques contra os reacionário STF e Congresso Nacional.

A mesma “euforia” já havia se verificado por ocasião da substituição do primeiro ministro da Educação do governo ilegítimo, Vélez Rodríguez, que, além de dar início a um conjunto de medidas de ataques ao ensino público, chamou o povo brasileiro de ladrão, enquanto apoiava e organizava o roubo de bilhões da Educação, para satisfazer os apetites dos banqueiros e de outros tubarões capitalistas.

Vélez se foi e o que veio em seu lugar não foi melhor em nada.

O mesmo se repete agora. Pressionado pela situação, Weintraub “cai para cima”, sendo afastado do comando do MEC e indicado para um cargo na diretoria do Banco Mundial com vencimentos de cerca de R$125 mil.

No seu lugar, foi nomeado  Carlos Decotelli, o 11º ministro militar, de um total de 23, com o “partido militar” ocupando 47,8% do primeiro escalão da Esplanada, além dos cargos de presidente e vice.

O novo ministro é oficial da reserva da Marinha e foi professor na EGN – Escola de Guerra Naval – no Centro de Jogos de Guerra. Ao contrário de ser um “técnico” da “área da Educação” como vem sendo divulgado pelo governo e pela imprensa golpista, trata-se de um elemento de confiança do alto comando das Forças Armadas que integrava a “assessoria” de Bolsonaro, desde antes de sua posse (integrou a equipe de transição, em 2018) e já  havia sido indicado pelos “gorilas” para presidir o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) – que concentra os maiores recursos do Ministério – entre fevereiro e agosto do ano passado.

Sua nomeação confirma que não há nenhuma mudança fundamental, nenhuma “vitória” dos estudantes, dos educadores e da esquerda, mas apenas uma mudança de peças no tabuleiro político, justamente para buscar assegurar a continuidade da mesma política reacionária contra o ensino público, em favor dos colégios militares e política da “escola com fascismo” defendida pelos militares, bolsonaristas e toda a direita golpista, inimiga do ensino público.

Para não ficar devendo nada a seus antecessores, o novo ministro debutou expondo um currículo falso, que justamente visava “reforçar” a sua inexistente experiência na área educacional, e foi desmascarado: “Reitor de universidade argentina declarou que Decotelli não concluiu doutorado e teve tese reprovada” (O Globo, 26/6/20). E hoje, 29/6, chega a notícia de que nunca fez pós-doutorado na Alemanha, mas sim um cursinho de três meses lá.

Ao contrário do que prega a esquerda, não pode haver vitória real contra a direita e seus ataques aos trabalhadores e a juventude sem a mobilização real, nas ruas, sem a derrubada, não dos assessores, mas do próprio chefe da malta de fascistas, de Bolsonaro e de todos os golpistas.

 

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