O ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, considerou improvável que a chamada vacina Oxford contra Covid-19 pudesse começar a ser aplicada nas próximas semanas, como assegurou um jornal britânico.
Preparar-se para a sua aplicação e realmente ter o produto são duas coisas diferentes, garantiu o responsável à rede BBC, após ser questionado sobre a notícia publicada esta segunda-feira pelo tabloide The Sun.
De acordo com o tabloide, os gerentes de um dos principais hospitais de Londres foram instruídos a se preparar para receber os primeiros lotes da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela empresa farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca já na próxima semana.
Na opinião de Hancock, embora os testes com a vacina candidata ‘estejam progredindo bem’, esse ponto ainda não foi alcançado.
Queremos estar prontos caso tudo corra bem, mas acho que não podemos fazer isso este ano, frisou.
A vacina Oxford, como é popularmente conhecida, encontra-se na fase III dos ensaios clínicos, a última antes de receber a aprovação dos órgãos reguladores de saúde para sua aplicação massiva.
Dois incidentes relacionados a testes clínicos em humanos foram relatados até agora: um voluntário britânico que desenvolveu efeitos colaterais e a morte de um participante do programa no Brasil, mas em ambos os casos os testes foram retomados após uma breve pausa para investigação sobre o que aconteceu.
O jornal britânico Financial Times também noticiou nesta segunda-feira que a vacina Oxford gera uma forte resposta entre as pessoas com mais de 55 anos, considerada a faixa etária de maior risco contra a doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2.
De acordo com o rastreador de vacinas do jornal The New York Times, no momento estão sendo realizados ensaios clínicos em humanos de 48 vacinas candidatas, sendo 12 delas em fase III, mas acredita-se que nenhum antídoto contra Covid-19 seria disponível até o início do próximo ano.