O colunista Ricardo Cappelli publicou coluna no sítio do Brasil 247 com o título de “A direita na vanguarda”. Segundo ele, a direita, mais especificamente a extrema-direita, tem capitaneado a tendência da população no mundo todo de rompimento com o sistema capitalista.
Ele afirma que “Por enquanto, a direita tem surfado melhor na crise. Por incrível que pareça, assumiu a vanguarda com muito mais sagacidade que a esquerda. Paradoxalmente, a direita brasileira virou sinônimo de destruição do establishment e ousadia.”
Essa situação apontada pelo colunista é um resultado da crise do regime imperialista no mundo todo. Esta crise atinge as amplas massas do povo, incluindo aí as classes médias. O fascismo é justamente o uso dessas massas desesperadas pela burguesia contra as organizações da classe operária.
O que falta na análise de Cappelli é a conclusão que deveria ser óbvia. A esquerda que procura reproduzir as instituições em crise só poderá cair na vala comum da burguesia decadente. Para se contrapor ao fascismo o único caminho é uma política revolucionária, ou seja, que aponte para as massas exploradas uma saída que passa por destruir todo o regime capitalista.
Para se contrapor ao fascismo, a revolução. As massas procuram uma saída “anti-sistema” como diz Cappelli. A esquerda em todo o mundo não tem nada a oferecer a não ser o jogo do sistema, alimentando assim a extrema-direita e seu discurso demagógico.