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A “união nacional” com a direita é justamente o que o golpe quer

Estamos na reta final das eleições, momento oportuno para a burguesia concretizar o golpe e fechar o pacote com aparências democráticas. Estamos diante de um cenário que para muitos pode parecer promissor, um candidato de esquerda no segundo turno, e um de direita que, apesar de liderar no primeiro turno, no segundo tem que enfrentar uma forte rejeição. Também pode ser curioso, para aqueles que vêm tentando acompanhar ao panorama da política nacional, a calmaria entre os setores burgueses que deram o golpe. Porém não devemos nos ludibriar com o atual cenário, há muitas manobras sendo dissimuladas. Não seria nesse momento crucial para concretizar o golpe que a direita se retrairia.

O panorama se pinta com Bolsonaro liderando, Haddad em segundo, Ciro Gomes em terceiro, Alckmin, o candidato escolhido pelo capital internacional, logo atrás, e em quinto, sexto, sétimo e oitavo temos respectivamente Marina Silva, João Amoedo, Alvaro Dias e Henrique Meirelles. Bolsonaro, que depois da retirada de Lula das eleições virou o candidato com mais intenções de voto, nas duas últimas semanas vem sofrido fortes ataques midiáticos e da sua própria retaguarda, com tentativas de golpes e divergências no discurso de seu candidato a vice e seu patrono político, General Mourão e Paulo Guedes. Esses ataques, sobretudo vindo da mídia, tem por objetivo específico de abater o novo líder nas pesquisas. Não devemos ficar surpresos se após o ato do dia 29 ele aparecer com uma porcentagem muito menor. Esses votos tendem a ir para o candidato que também tem em seu discurso ser contra o petismo, Geraldo Alckmin, que juntando os votos dos demais candidatos da direita, poderia facilmente ir por segundo turno contra o fascistoide.

O maior esforço da direita nesse momento e apresentar o candidato do PSDB como o candidato contra os “extremismos” e candidato do voto útil, basta ler os editorais e as principais colunas do G1, Folha de São Paulo e Estadão. Não é atoa que o ato está sendo inflado pelos setores golpistas como Globo, Miguel Reale, Fernando Henrique Cardoso, por figuras fascistas como Ana Amélia do PP, partido oriundo da Ditadura, Raquel Sheherazade e MBL, e pelos principais financiadores do fascismo no mundo, a burguesia imperialista, como a revista The Economist, a revista dos banqueiros ingleses, que tirou uma capa para atacar Jair.

Essa união em torno do ato do dia 29 que a burguesia quer criar nada mais é do que uma falsa luta contra o fascismo e uma maneira de ofuscar a luta contra o golpe, pois esquerda e golpistas estariam lutando em conjunto por uma causa em comum, a democracia. Uma maneira rasa de apresentar a situação nacional, fascismo contra democracia, sendo que a verdadeira ameaça vem daqueles que querem propor essa união.

É importante entender que a direita golpista não tem real interesse em acabar com fascismo, ele lhe é muito útil na hora de caçar e amedrontar a esquerda, mas sim manobrar para poder crescer nas eleições e preterir a luta contra o golpe.

O fenômeno do fascismo se manifesta em setores da classe média e da classe trabalhadora marginalizados pelas crises econômicas, e menos mobilizados politicamente, ou seja, setores desempregados ou com uma menor organização sindical. Essas parcelas da população são enganchadas pelo discurso radicalizador, moralista e antissemítico, e são aproveitadas pela burguesia para atacar a esquerda. Essa é mais uma das razões pela qual a esquerda nunca deve se alinhar e ser vista fazendo frente ou união com a burguesia, impossibilitando-se de politizar esse setor da população atingido diretamente pelo sistema capitalista.

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