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A direita agradece

A traição de Boulos e para que serve a frente com a direita

Enquanto o ex-candidato presidencial do PSOL chamava a acatar a ordem ilegal da justiça tucana, FHC, Ciro e Marina davam na Globo a verdadeira orientação política da frente ampla

Com apoio da imprensa capitalista, do judiciário golpista e da PM do governo Dória, Guilherme Boulos, ex-candidato presidencial do Psol e dirigente do MTST, liderou a aceitação da arbitrária e ilegal decisão judicial de tentar proibir a manifestação contra o governo  na Avenida Paulista, no domingo dia 7 de junho.

É decisivo destacar que Boulos participou desse “acordo” de se submeter à decisão ilegal sem nenhuma legitimidade, uma vez que não foi responsável pela organização ou convocação de nenhum ato contra o governo anteriormente (o que foi feito pelas torcidas organizadas, pelo PCO e Comitês de Luta).

Destaca-se ainda que, nos dias em que as manifestações do dia 31 de junho, no MASP, em São Paulo, e em outras capitais (que não foram as primeiras) ganharam as ruas, o “psolista” (que ingressou no Psol para ser candidato presidencial) ocupa-se em divulgar um Manifesto, junto com FHC, a Rede Globo e outros setores golpistas, que nem cita Bolsonaro e não defende nenhuma mobilização contra o governo (leia nesta edição à respeito disso).

No domingo, dia 7, ficou explícito os reais objetivos do “acordo” e também do Manifesto. Enquanto Boulos e outros setores direitistas da esquerda, como o PCdoB, agiam para desviar o ato da Paulista, e – pelo serviço prestado – recebia elogios e espaços da PM, da Folha de S.Paulo, Estadão, Rede Globo e todos os golpistas, os verdadeiros chefes da frente ampla davam entrevista a Miriam Leitão, na “Rede Golpe”, que o Portal G1 divulgava sobre o sugestivo título de “FHC, Ciro Gomes e Marina Silva falam em frente ampla para proteger a democracia“.

Assim se busca fechar um cerco que foi rompido pela mobilização. Um cerco contra o “Fora Bolsonaro””

Bolsonaro e os militares ameaçam com um golpe militar, com colocar a Força de Segurança Nacional nas ruas; o judiciário “legaliza”o absurdo inconstitucional de cassar a liberdade de manifestação; Dória coloca a tropa de choque nas ruas, a PM das chacinas de Paraisópolis e tantas outras; Boulos e cia. aceitam o “acordo” pelas costas dos que constroem a mobilização para tirar o ato da Avenida Paulista e os pais de Bolsonaro (golpistas e Ciro Gomes) vão à TV tentar faturar e orientar politicamente a frente ampla.

Assim, no domingo (7/6), em São Paulo, manifestantes de partidos, movimentos e torcidas organizadas foram vítimas de uma armadilha política, depois de terem tomados as ruas no último 31 de maio e varrido da Avenida Paulista os manifestantes fascistas. A frente ampla – com o papel decisivo de Boulos – operou uma manobra, permitindo que a direita se manifestasse livremente em frente à FIESP (patrocinadora oficial do golpe de Estado), enquanto parte da esquerda era reprimida na esquina da Paulista com a Consolação e outra parte era reprimida quando queria seguir do Largo da Batata, a “Bololândia”, para a Paulista.

A direita e sua querida frente ampla tentou, sem sucesso, impedir uma segunda derrota na Avenida Paulista, conter a mobilização pelo “Fora Bolsonaro”. Foram derrotados.

Primeiro, pela mobilização de centenas de pessoas na Avenida Paulista pelo “Fora Bolsonaro”, mostrada por este Diário, e até mesmo mostraram que era possível fazer uma grande mobilização no coração da cidade e não uma mobilização menor no lugar permitido pela direita e “escolhido” por Boulos.

Segundo, pelo grande número de mobilizações em mais de 20 capitais – a maior delas em Brasília, onde não havia Boulos para propor que o movimento deveria “arregar” diante das ameaças de Bolsonaro de colocar a Força de Segurança Nacional e o Exército nas ruas e transferir o ato para “Candangolândia”.

Terceiro, pelas milhares de pessoas que foram ao Largo das Batatas, enganados de que havia um acordo, que – na prática – se opuseram à política de Boulos e da direita que foi e continua sendo “#fiqueemcasa” e confie em Doria, Witzel, Ibaneis… e até em Bolsonaro, para resolver a crise, o genocídio, que só pode ser barrado pela mobilização popular nas ruas.

 

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