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A reivindicação deve ir além do “Não ao corte de verbas para a educação”

O presidente nacional do Partido da Causa Operária, Rui Costa Pimenta, apresenta o programa Análise Política da Semana, que vai ao ar todos os sábados às 11:30 e é transmitido pela Causa Operária TV no Youtube e pela Rádio Causa Operária. No programa, Rui apresenta uma análise marxista dos principais acontecimentos políticos da semana.

Na Análise Política apresentada no dia 18 de Maio, Rui discutiu as grandes mobilizações ocorridas no dia 15/05 e a necessidade de ampliar as reivindicações para além de uma luta setorial contra os cortes do governo Jair Bolsonaro (PSL) na área da educação. Em suas palavras:

“Uma terceira questão fundamental é que apresentaram um programa positivo para a educação. Uma coisa que a mobilização atual oculta, é que a educação brasileira está em frangalhos, não é que ela está em frangalhos agora com o governo Bolsonaro. Bolsonaro quer limpar o terreno e acabar com tudo. Mas ela está em frangalhos há muito tempo. Todo mundo conhece a situação da educação estadual, é uma ruína. Em São Paulo, que é o principal Estado da federação, nós temos diversos índices para mostrar que praticamente você já não tem mais educação pública, é uma coisa totalmente sucateada, destruída. 

As universidades são a mesma coisa. Nas universidades também…nas escolas secundárias, nós temos o problema democrático. As universidades, tudo o que se conseguiu fazer no período da democratização, no melhor dos casos e é uma minoria de casos, foi que a comunidade universitária conseguisse eleger o reitor de algumas universidades federais, e na maioria dos casos nem isso. Há uma consulta à universidade e a partir dessa consulta são os governos estaduais ou o governo federal quem escolhe o reitor. Então é um problema chave na luta contra a destruição da universidade levantar a bandeira de que a própria comunidade universitária controle a universidade, quer dizer, a bandeira do governo tripartite, proporcional entre professores, alunos e funcionários, que é um governo democrático que não está subordinado ao Estado capitalista (diretamente), mas está subordinado à comunidade universitária que o elegeu e, que, portanto, pode administrar a universidade no sentido dos interesses da própria população. Quer dizer, as medidas cosméticas, como por exemplo, a consulta da comunidade, que nem é uma consulta democrática porque em geral é paritária e tudo mais, isso tudo fracassou. Para defender a universidade, agora, são necessárias medidas muito mais profundas e radicais e é a mesma coisa com a educação secundária.

Precisaria se quebrar o poder de toda a burocracia estatal sobre as escolas e, logicamente, seria necessário conquistar as verbas necessárias para manter o ensino secundário. Quer dizer, não adianta simplesmente sair à luta e falar “não ao corte de verbas para a educação”, porque isso é uma proposta, no final das contas, superficial. É uma proposta que mobiliza o pessoal? É uma proposta que mobiliza. Mas, nós temos que entender que ela mobiliza porque é a gota d’água. Não é que a universidade é uma maravilha e o pessoal está se mobilizando contra esse ataque simplesmente. Ela é a gota d’água, é o transbordamento de uma situação extremamente crítica que vem de muitos anos. Então, você não pode, se você quer que a mobilização se aprofunde, se amplie, se desenvolva, ficar numa reivindicação tão limitada como simplesmente que não seja feito o corte de verbas do Bolsonaro, até porque os ataques à universidade vão continuar. Há outros ataques além do corte de verbas, há toda uma tendência ao estrangulamento político da universidade e tudo mais.

Assista o vídeo da Análise de Rui Costa, clicando no link abaixo:

A reivindicação deve ir além do “Não ao corte de verbas para a educação”

 

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