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Novo governo da Argentina

A política “social” de Alberto Fernández

Presidente Alberto Fernández tenta minimizar os efeitos da crise com medidas de tipo paliativas, mas que não aliviarão a tensão social no país.

Os quatro anos de mandato do ex-presidente Mauricio Macri já estão marcados na memória (triste) do povo argentino como a maior obra de destruição que um governo burguês neoliberal perpetrou contra o país, sem qualquer outro paralelo na história da Argentina. A política econômica do ex-governo Macri, de submissão aos grandes bancos e de obediência ao receituário do FMI e da agiotagem internacional, conduziu os vizinhos a uma situação falimentar, condenando o país à bancarrota e a maioria da população à miséria, com todos os indicadores apontando para uma situação catastrófica, de barbárie social.

Diante deste quadro de calamidade social a que os portenhos foram conduzidos pelos prepostos do FMI derrotados nas últimas eleições, o novo governo peronista, liderado pela ex-presidente Cristina Kirchner, agora como vice e o mandatário do cargo, o presidente Alberto Fernández, “acaba de enviar um projeto ao Congresso com o objetivo de aplicar uma série de medidas econômicas de emergência para aliviar as despesas em serviços básicos, aumentar as reservas de dólares em face dos difíceis compromissos financeiros do país, renegociar a dívida externa e reativar o sistema produtivo” (Sítio RT, 17/12). As medidas ganharam o nome de “lei de solidariedade social e reativação produtiva” e é apresentada como uma resposta à crise pela qual o país está passando, apenas uma semana após a posse de Fernández.

Por todos os ângulos que se queira ver e analisar o momento argentino, a situação é não só caótica como potencialmente explosiva do ponto de vita social e econômico. O novo governo irá solicitar ao Congresso poderes para que o Executivo negocie com os credores o pagamento dos empréstimos contratados no passado. A Argentina deve enfrentar grandes dificuldades para cumprir com os compromissos financeiros a partir de março do próximo ano. No entanto, o governo sustenta que o país não está em condições de honrar tais compromissos.

O “pacote de emergência” do presidente Alberto Fernández e seu Ministro da Economia, Martín Guzmán, todavia, é nada mais do que um raquítico paliativo diante da magnitude da crise e das condições a que a Argentina foi levada depois da “era Macri”, de completa hecatombe social, política e econômica. As medidas anunciadas são um reconhecimento da situação desastrosa que a política dos capitalistas internacionais e suas agências (FMI, Banco Mundial etc.) provocaram no país e que o novo governo, numa tentativa de evitar o desgaste e a rejeição da população logo na ‘largada”, o que parece inevitável diante da provável ineficácia do “pacote emergencial” e das medidas nele contidas.

O que pode ser dito é que as anunciadas medidas são, em toda a sua extensão e conteúdo, ultra-limitadas e que estão longe de fazerem com que os ataques do governo anterior contra o país e a população pobre e explorada sejam revertidos. Trata-se tão somente de uma tentativa de conciliar os interesses dos capitalistas e o dos trabalhadores, dentro de um quadro em que já não há muita margem para isso. No fim das contas, o programa da ala moderada do peronismo representada por Fernández tem muito poucas chances de estabelecer um ambiente de alívio social.

A agudização da crise no país vizinho é o resultado da política de submissão da Argentina aos planos de destruição econômica a que o grande capital imperialista – em bancarrota no mundo inteiro – submeteu o país, como de resto vem fazendo em todo o continente, impondo um enorme sacrifício às massas empobrecidas latino-americanas, assim como uma devastação na economia dos países da região.

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