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A política golpista não chegou ao seu fim

A política golpistas não chegou ao fim e mostra que, apesar da crise econômica e institucional,  não cai sozinha.

Semana após semana os bolsonaristas dão novas demonstrações de sua inclinação para instaurar um regime de exceção aberto. De fato, já vivemos em uma ditadura, em muitos sentidos, embora ela procure usar máscaras democráticas e republicanas. Mas os golpistas mostram seu ânimo para aprofundar o regime repressivo ainda mais.

Na última semana, Bolsonaro fez diversos movimentos nesta direção. Primeiro, ironizou a morte de Fernando Santa Cruz, pai do atual presidente da OAB, nos porões da ditadura. Em seguida, para afirmar seu alinhamento aos militares, recebeu a viúva do torturador Brilhante Ustra para um jantar oficial, sem dispensar elogios à mesma.

Para além de Bolsonaro, a juíza Carolina Lebbos, atual encarregada da Lava Jato no lugar de Sérgio Moro, ordenou a transferência de Lula para um presídio comum em Tremembé, próximo a São Paulo. Todos sabiam que, ficando em SP, Lula estaria muito mais perto da sua base de apoio, e as mobilizações e rua por sua liberdade, na porta do presídio, seriam muito maiores. Portanto, é improvável que os golpistas se dessem ao luxo de manter Lula preso por muito tempo lá. Numa prisão comum, as chances de matá-lo seriam muito maiores, e sem que o custo político incidisse sobre a Polícia Federal.

No Ministério da Justiça, Sérgio Moro pressiona a aprovação de um “pacote anticrime” que autoriza o endurecimento do regime, incluindo a oficialização da prisão em segunda instância, criminalização do caixa dois, a facilitação do abuso de medidas como as prisões preventivas seguidas de confissão pelo réu. Seguem também projetos de lei para facilitar a espionagem estatal sobre os computadores e celulares dos indivíduos e o uso de medidas “antiterroristas”, ou seja, que podem criminalizam subjetivamente qualquer pessoa com base na interpretação de que a mesma teria intenção de cometer ato contra a “ordem”. Para não falar do combate às “fakenews”, em que se quer oficializar a prática de fechar páginas virtuais de usuários que disseminem “notícias falsas”.

O pior é que tudo isso parece avançar com o beneplácito de lideranças da esquerda pequeno-burguesa ou parlamentar. Haddad fala sobre “aguentar” Bolsonaro até 2022. Marcelo Freixo flerta com a extrema-direita numa entrevista complacente com a golpista Janaína Paschoal. Guilherme Boulos vem pedir renovação e autocrítica da esquerda – o que na prática significa fazer alianças com o “centrão golpista”, evitar a polarização e aceitar uma desmoralização de si própria.

Com este tipo de “resistência”, que “não solta a mão da direita”, não há como avançar no combate ao Golpe. É preciso unir forças em torno da derrubada de Bolsonaro e Liberdade para Lula.

 

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