A quase totalidade da esquerda nacional embarcou na canoa furada de substituir o “Fora Bolsonaro” pela idéia abstrata e sem conteúdo de “resistência”, que consiste em não organizar a luta efetiva contra o governo golpista, mas única e tão somente “resistir” à ofensiva do bolsonarismo com ações parciais, pequenas reivindicações e mobilizações isoladas, com a defesa da estratégia de que não era possível derrotar o governo, pois este estava forte e outras ideias equivocadas.
O que se viu, no entanto, como resultado desta política, foi a mais completa paralisia que marcou a atuação da esquerda e dos movimentos popular, sindical e estudantil no último período, conduzindo a luta das massas populares no país à mais completa paralisia, o que continua a acontecer ate hoje. É preciso deixar claro que esta política, a chamada “resistência”, não só não serviu para abrir qualquer perspectiva de colocar em movimento a energia das massas, como fez retroceder em todos os níveis a ação de luta de amplas massas de trabalhadores e populares que desejam o fim do governo Bolsonaro.
Nesta perspectiva, está colocado para a segunda Conferência Nacional dos Comitês de Luta contra o Golpe discutir e deliberar por um plano de lutas para colocar nas ruas uma vigorosa campanha pelo “Fora Bolsonaro”, em oposição à política fracassada de “Resistência”; contra as vacilações da esquerda; contra a paralisia das entidades de luta dos trabalhadores do campo e da cidade.