O jornal O Globo do Rio destaca que entre 2011 e 2019 a economia brasileira estagnou e teve seu pior desempenho em 120 anos. A lenta recuperação da recessão foi atropelada pela pandemia ocasionando resultados piores que na década de 1980, deixando os jovens sem trabalho.
A estimativa de especialistas é que vai aumentar o desemprego e a desigualdade social, além de pôr freio à mobilidade social.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o PIB de 2010 fecha em 7,5 trilhões de reais, após recuperação da crise de 2008, e em 2019 fechou o ano em 1,1 trilhões de reais. Mostra queda significativa e aparente estabilidade em nível muito baixo, R$1,1 trilhão.
Evidente que em níveis baixos a economia não oferece condições de novos empregos, nem mesmo da manutenção dos disponíveis em situação anterior. Também é fato que os jovens serão penalizados com menores chances de ingressar no mercado de trabalho. Isso também a Europa já reclamava no final da década anterior, com a crise de 2008. Muitos jovens desempregados e vivendo às custas dos pais.
É caso para se pensar (e se preocupar), com o fato de que os bancos e grandes empresas estão recebendo dos estados com política neoliberal, e contraditoriamente a essa política. Oferece trilhões para salvarem as empresas da pandemia, enquanto os trabalhadores recebem poucas dezenas de bilhões. Dificultada a entrega pela burocracia imposta como meio para o recebimento. É o que se observa com a tentativa de receber o benefício-esmola de 600 reais, não conseguem se cadastrar, são negados o recebimento, muitos não tem acesso de internet para fazer o cadastro.
O baixo nível de atividade econômica e desemprego generalizado, sofre piora com a pandemia que impõe restrições à mobilidade das pessoas. E afetando a atividade comercial irá impactar em consequência o setor produtivo jogando para baixo a atividade econômica e aumentando o desemprego.
Considerando que essa situação é a mesma ao redor do planeta, estamos diante de um quadro assustador. O Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) fazem previsões nada animadoras para o PIB e o desemprego mundiais. Aumento da pobreza será comparável a da crise de 1929 senão pior.
A pandemia afeta significativamente de maneira negativa a atividade econômica e renda dos trabalhadores. Nota-se que não houve por parte dos governos, a menor intenção de preservar a vida das pessoas. Não compraram equipamentos médicos, máscaras, álcool, leitos em número adequado à pandemia.
Agora, com o impacto negativo às empresas, ensaiam reduzir ou acabar com o isolamento, liberando a circulação das pessoas que com certeza aumenta o número de contágios e mortes. A preocupação é salvar a economia, e não se preocupam com as mortes que ocorrerão.
Se o povo não organizar comitês de bairro para se defender do desemprego, falta de médicos, falta de acesso a máscaras, álcool, luvas, produtos de limpeza etc. e principalmente contra a fome, irá morrer como mosca. E o estado não irá nem sequer dar importância.