A expressiva paralisação geral do ultimo dia 14 de junho, precedida por grandes manifestações dos dias 15 e 30 de maio, é a expressão do ascenso do movimento operário e dos trabalhadores brasileiros, que pode se generalizar na próxima etapa.
Essa nova etapa, caracterizada pela generalização das lutas dos trabalhadores, já vinha sendo anunciada por uma série de fatos recentes, como por exemplo o número de greves do ano de 2018 (não esquecendo que o governo do ilegítimo Bolsonaro é a continuidade do governo golpista de Michel Temer) que aconteceram no país. Dados do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostram que ocorrem em todo o território nacional 1.453 greves, consequência da política de ataques da direita golpista à classe trabalhadora na tentativa de salvar os capitalistas e banqueiros nacionais e internacionais da crise econômica mundial, e, tudo indica, que o ano de 2019 deve ser marcado pelo aumento do número de greves.
A paralização geral do dia 14 não deixa dúvida de que a classe operária, aliado aos setores populares e das classes médias, é muito expressiva quando mais de 360 cidades a população saiu às ruas pelo Fora Bolsonaro e contra todas as medidas do seu governo ilegítimo.
Nos bancários, o número de mobilizações e paralisações em todo o país foi muito expressiva, consequência da política de ataques dos banqueiros e seus governos que está impondo o maior retrocesso nas condições de vida da categoria, que, além de sofrer com os ataques às questões gerais que atingem diretamente toda a população (“reforma” da previdência e trabalhista, destruição da saúde e educação e outros serviços públicos, etc.), vem passando por medidas de reestruturação que teve como principal consequência as mais de 32 mil demissões ocorridas em 2018, e, somente nos três primeiros meses de 2019 os mais de 8 mil trabalhadores que foram jogados no “olho da rua”.
Nos bancos públicos há uma intensa campanha que visa aumentar a pressão pela privatização do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Banco do Nordeste e Bancos Estaduais, quando o aloprado Ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que pretende privatizar todas as empresas públicas como parte da política de entrega do patrimônio do povo brasileiro para os banqueiros e capitalistas nacionais e internacionais.
Em todo o país, em praticamente todas as capitais e em vários municípios, houve paralisações dos bancários no dia da greve geral: no Acre, a paralisação atingiu metade das agências em Rio Branco; no Amapá agências estiveram fechadas todo expediente bancário; Brasília agências e centros administrativos foram paralisados; no Mato Grosso, em cidades como Rondonópolis, os bancários fizeram passeata no centro da cidade; em Campo Grande (MS) houve manifestações dos bancários com paralisações e na cidade de Dourados idem; Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rondônia, Pará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, ou seja, em todo o país bancários pararam integralmente ou parcialmente as suas atividades.
Essas paralisações é a expressão direta da revolta das bases da categoria contra o governo golpista/ilegítimo, Bolsonaro, o que revela o enorme potencial de evolução política da classe trabalhadora para uma ação consciente na presente etapa.
Nesse sentido fica claro que a população em geral, e os bancários em particular, querem o Fora Bolsonaro.
As manifestações dos dias 15 e 30 de maio e a paralisação geral do último dia 14 devem ter a sua continuidade de luta contra o governo em todos os seus aspectos, que unifique os movimentos populares, estudantes e sindicatos, e junto com todo o povo, em um movimento crescente pelo Fora Bolsonaro, Eleições Gerais, Liberdade para Lula.