Neste domingo (10/11) na zona Leste de São Paulo, em Guaianazes, uma jovem de 16 anos ficou cega durante a dispersão extremamente violenta da polícia sobre um baile funk que ocorria no local. A vítima recebeu alta nessa segunda (11/11) após uma cirurgia para reconstrução do globo ocular, e ainda corre riscos de perder o olho.
A mãe da jovem relatou à Folha de S. Paulo, que mesmo com foto da garota já cega alega que a única prova que tem é uma espécie de relato dessa mãe, que quando os amigos da menina vitima da agressão chegou ao local já havia acontecendo a dispersão agressiva por parte da polícia das pessoas que ali estavam simplesmente usufruindo seu direito de ir e vir em vias públicas. E quando eles tentaram fugir para estação, que já estava fechada, a polícia avançou com sua diretriz clássica: atirar na cara, de forma covarde.
É preciso ter claro que essa ação não poderia ter outra definição senão criminosa! É claramente uma diretriz tanto nacional como na própria América Latina da repressão policial, apontar e atirar diretamente no rosto. Cegar, quebrar a mandíbula, os dentes. Causar o maior dano possível na região mais vulnerável do corpo.
É assim no Chile hoje, onde estatísticas mostram que centenas de olhos já foram arrancados da população que está agora ocupando a rua. E assim também foi em 2013 quando a polícia de São Paulo a mando de Alckmin atirou no rosto de diversos manifestantes.
É preciso ter claro que não tem como haver convivência com essa polícia assassina e carniceira. É preciso lutar pelo fim da Polícia Militar! Pela dissolução dessa instituição que é um verdadeiro moedor de carne da população pobre!