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Esquerda domesticada

A “Nova esquerda”, segundo o imperialismo francês

O "ascenso" de Guilherme Boulos é comemorado até mesmo pela direita imperialista

O jornal francês Libération publicou uma entrevista com o ex-candidato à presidência e a prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), dando grande destaque e exaltando a formação de uma “nova esquerda”.

A entrevista de duas páginas dedicadas ao psolista Guilherme Boulos chama muito a atenção devido à importância do jornal francês e ao fato de representar um setor do imperialismo desse país. Nas duas páginas publicadas há um enorme entusiasmo com Boulos e, como a imprensa burguesa e golpista do Brasil, apresentou Boulos como um novo representante da esquerda nacional e a renovação necessária para os partidos de esquerda.

“O candidato do PSOL Guilherme Boulos, 38 anos, não conquistou a prefeitura de São Paulo, mas sua simples passagem ao segundo turno das eleições municipais na maior cidade do Brasil fez do líder dos sem-teto a nova esperança da esquerda brasileira, a cara de sua renovação”, disse o Libération.

Outro ponto central da matéria do Libération é o dar um destaque para o suposto “declínio” do Partido dos Trabalhadores (PT) e da saída da cena do ex-presidente Lula, principal representante dos trabalhadores do Brasil e figura chave na luta contra a direita golpista.

 

A golpista Folha de S.Paulo dá grande destaque a entrevista

 

A entrevista de Guilherme Boulos ao Libération foi muito “boa” que até mesmo um dos principais responsáveis pelo golpe aqui no Brasil, a Folha de S.Paulo deu um destaque publicando uma matéria sobre a entrevista.

Sempre é importante lembrar que o grupo Folha foi um dos responsáveis por dar uma aparência democrática para o golpe de Estado realizado em 2016 e que derrubou a presidente Dilma Roussef (PT). Também contribuiu enormemente para a perseguição contra o PT e a prisão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.

Outro ponto é que a Folha que agora dá destaque a uma entrevista de Boulos a um importante jornal francês foi uma impulsionadora da candidatura do psolista para a prefeitura de São Paulo. Isso porque Boulos continua cumprindo um papel importante para a direita golpista tanto brasileira quanto a imperialista.

O fato que confirma isso é que a esquerda sempre é atacada pela direita e sua imprensa. No caso do PSOL e de Guilherme Boulos ocorre totalmente o contrário. Recentemente a Folha igualou o PT a Jair Bolsonaro na questão da venda de terras a estrangeiros, numa clara defesa do imperialismo, mas quando se fala de Boulos se exalta sua “história” e apelo às questões de luta contra a corrupção e a direita, como se fosse um grande líder, que de fato não é.

Boulos e o PSOL, assim como outros esquerdistas da frente ampla, cumprem um importante papel para a direita. É por meio dessa esquerda que a burguesia pretende ser bem sucedida em sua manobra. É por isso que o tratamento dispensado a Guilherme Boulos pela direita é tão destoante do que costuma fazer a imprensa golpista. Na campanha eleitoral, Boulos foi retratado por toda a imprensa golpista como a Veja, Folha de S.Paulo, Estado de São Paulo, a fascista Vera Magalhães entre outros como grande fenômeno. Virou um queridinho da direita.

 

O imperialismo também comemora o “ascenso” de Guilherme Boulos

 

O periódio Libération é uma das principais publicações da esquerda pequeno burguesa francesa, que apoia uma “nova” esquerda distante dos trabalhadores, sindicatos e de movimentos de luta dos trabalhadores, ou seja, “ultrapassados” como apresenta a burguesia, para se apoiar em pautas identitárias, ambientais e pacifistas e que não trazem nenhum risco à burguesia imperialista.

É um jornal da esquerda pequeno-burguesa controlado pela “ala esquerda” do imperialismo francês ou podemos até classificá-lo como uma ala “democrática”, que apesar de ser fundado por esquerdistas e possuir uma posição social democrata possui entre seus acionistas majoritários bilionários europeus e seus monopólios. Não é por acaso que tendem a tomar posições que favorecem a direita imperialista, mas de se colocar em acordo com golpistas de diversos países explorados.

A posição reproduzida também revela que o papel que Guilherme Boulos e o PSOL estão cumprindo para favorecer a direita golpista no Brasil também é a posição do imperialismo francês e tem seu total apoio, mostrando que é a posição oficial do imperialismo.

 

É preciso denunciar essa política

 

Uma das principais políticas da direita golpista neste momento é isolar o PT e sua ala ligada ao ex-presidente Lula. Isso porque a burguesia não admite uma esquerda que tenha sua base social ligada aos trabalhadores e aos movimentos populares, com Lula. É um enorme risco para a burguesia porque pode servir como um fator de mobilização da população contra os ataques que a direita golpista está implantando no Brasil.

Boulos, apesar de toda a campanha da imprensa burguesa, não é um legitimo representante dos trabalhadores sem-teto, e o PSOL não possui nenhuma inserção no movimento de trabalhadores ou popular. Por isso não tem nenhuma capacidade de mobilização e suas pautas são identitárias, que não tem nenhum apelo popular a não ser numa classe média que não sai de casa.

Já o PT é um dos maiores partidos do país e com grandes ligações entre os trabalhadores e que apesar de estar controlado por uma ala direita que busca se adaptar ao regime golpista, como Jaques Vagner e Tarso Genro, pode se tornar um grande fator de mobilizar e atrapalhar os planos da direita golpista.

É por isso que o papel que Boulos e o PSOL, e até mesmo a ala direita do PT, tem cumprindo para a burguesia deve ser denunciado como um problema para os movimentos de luta contra o golpe e pela derrubada de Jair Bolsonaro.

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