Nessa semana a jornalista reacionária Rachel Shererazade deu uma declaração, no mínimo suspeita, de que a Lava Jato usou, segundo suas próprias palavras “o Ministério Público e a Justiça usaram do seu poder persecutório para tirar o candidato que, segundo as pesquisas, ganharia a eleição”. A jornalista da campanha fascista do “se tem pena, leva pra casa” tentou se reciclar no programa Segunda Chama, do canal MyNews, apresentado pelo comediante e roteirista do Porta dos Fundos Antonio Tabet.
É evidente que a jornalista da Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) tenta apenas se passar por democrática, na manobra de se “reciclar” perante os setores de esquerda oportunistas que constituem a “Frente Ampla”. De uma forma gaguejante e meio envergonhada, já que seu passo demostra que é uma figura grotesca e extremamente fascista. Um dos maiores marcos da “carreira jornalistica” de Shererazade é a sua campanha extremamente fascista, reacionária e grotesca do “se tem pena, leva para casa”.
Essa frase foi uma palavra de ordem surgida da boca dessa personagem do SBT, uma espécie de ventríloquo do burguês Silvio Santos e sua família, que recebe o privilégio de ter um meio de comunicação de massas para si. Na ocasião, a bolsonarista “arrependida” mostrou, o que deveria ser uma denúncia, um linchamento público de uma pessoa pobre esmagada do sistema econômico vigente no País, o capitalismo atrasado do Brasil. Na situação, em 2014, um rapaz negro que havia furtado alguma coisa completamente irrelevante foi humilhado, espancado e imobilizado por uma classe média bárbara, até o momento de ser preso e levado para as masmorras da morte, que são as prisões brasileiras.
Ficava evidente, nessa reportagem que causou náuseas em diversos brasileiros, porque poderia ser qualquer um ali, e muita alegria e prazer e muitos fascistas, que era uma campanha de tipo fascista que estava em jogo naquela situação. Antes do bolsonarismo, em meio a campanha de calúnias golpista que sofria o Partido dos Trabalhadores todo o dia nesse canal de televisão, que estava sendo impulsionada uma radicalização política da extrema-direita que estava em curso no País. Essa mesma extrema-direita, se tornou o bolsonarismo. E Schererazade foi um pivô do fascismo, da sua propaganda e consequentemente da sua organização no Brasil. É definitivamente esse “jornalismo”, que não passava de uma propaganda para impulsionar os setores golpistas de extrema-direita que seriam as ruas para referendar o golpe de Estado.
Tanto que a jornalista foi tirada do tabuleiro quando se deu a eleição de Bolsonaro, mostrando que tinha cumprido já seu papel de radicalizar o golpe para a direita e orquestrado o clima político reacionário do País. Feito isto, continuar seria desestabilizar o regime. Peça usada… peça descartada. Agora no momento de descarte, quer se reciclar politicamente. De uma forma inclusive que escancara a farsa, já que ela conclui com: “está julgando se Lula cometeu ou não crimes, pois não conhece o processo”.
Quer dizer, não é mesmo uma defesa do Lula, uma denúncia da fraude, passa longe disso. É se passar de democrática para sair do ostracismo onde dificilmente Rachel irá sair. É necessário denunciar a fraude do “arrependimento” dos setores golpistas, com declarações aberrantes como essa.