Aquele que prometia ser o governo que iria “acabar com a mamata”, dá sequência a um “mamaço” público, escrachado e sem pudores: Leonardo Rodrigues de Jesus, o “Leo Índio”, sobrinho, papagaio-de-pirata de Jair Bolsonaro e primo de (grau de proximidade suspeita) de Carluxo Bolsonaro, o número, acaba de ser nomeado como assessor parlamentar e receberá salário de R$23 mil reais mensais pelo posto. Nepotismo? Não, é mera “coincidência”.
O novo assessor divulgou uma nota, afirmando que aceitou o convite por “convergência de idéias” com o senador do DEM – RR, Chico Rodrigues.
“Sempre acreditei na meritocracia e no valor do trabalho, verdadeiro fiador das liberdades individuais. A boa política, entretanto, é indissociável de mim desde a infância.
Minhas características profissionais são fruto de duas décadas de trabalho árduo e de preciosas lições aprendidas em família. Assim herdei o apreço pela honestidade e o amor pela Pátria, valores que compartilho também com quase sessenta milhões de brasileiros que confiaram seu voto em meu tio, Jair.”
Além de outras declarações cínicas e estapafúrdias típicas da extrema direita covarde e mentirosa, é sabido que Leo Índio desde o início do governo tem livre trânsito no palácio do planalto (vive sassaricando por lá), viajou com a comitiva presidencial ao local da tragédia de Brumadinho, e é presença constante ao lado da família monárquica que se configura no governo.
O senador Chico Rodrigues, por sua vez declarou que a nomeação se deu porque o “garoto” tem “feeling e desenvoltura” (apesar do termo digno da revista Capricho, a entrevista foi para o Estadão), e não por conta de algum pedido vindo do clã Bolsonaro – se defendendo de insinuações pertinentes, já que o “garoto” jamais ocupou cargo público e ao que se sabe sua maior ocupação é lamber botas de tio e postar fotos peitorais com o primo tão querido que chega a ser um bocado romântico.