Este ano se realiza a segunda eleição após o golpe de Estado. Primeiro foram as eleições de 2018, que se deram com a prisão do ex-presidente Lula, justamente para ele não vencer, e com o controle total da burguesia sobre o processo. Assim, Jair Bolsonaro venceu.
Agora, em 2020, são as eleições municipais, que são controladas pelos poderosos regionais, a eleição do rincão, dos donos de terra, etc. e, também, sob o controle da burguesia, que é quem detém o comando das juntas, cartórios e zonas eleitorais. Nada acontece sem que ela saiba.
Antes mesmo do golpe de 2016, o PCO estava denunciando que a direita iria tomar de assalto o poder, por um golpe de Estado, ou pelo meio que pudesse. O impeachment foi a solução encontrada, e Dilma Rousseff foi deposta.
Tanto com os pedidos de anulação do impeachment, quanto pelas manifestações de rua, o PCO foi favorável a todos os meios necessários para impor uma derrota aos golpistas, deixando claro, sempre, que é preciso do povo na rua para derrotar a direita, e que as instituições não resolveriam o problema.
Lula, alvo de vários processos que visam sua prisão, finalmente, foi preso em São Bernardo do Campo (SP), 07 de abril de 2018, sob protesto do povo, de militantes partidários e simpatizantes da esquerda no geral. A ideia era “não deixar prender”, afinal, não é porque é uma sentença que as pessoas precisam cumprir.
Depois veio a luta por sua liberdade, até o ponto das caravanas serem chamadas para ir para Curitiba (PR) libertar Lula, “na marra”. Não será na lei, será na marra, como diria vários chamados do PCO e dos comitês de luta daquela época.
Antes do segundo turno das eleições de 2018, o PCO também já empunhava a bandeira do fora Bolsonaro, simplesmente porque era e é a vontade do povo. Ações judiciais neste sentido existem aos montes, inclusive o PCO assinou uma delas. Contudo, ao mesmo tempo, é preciso incendiar as ruas pelo fora Bolsonaro, independentemente do decida o Tribunal Superior Eleitoral, O Supremo Tribunal Federal e outras instituições que, desde sempre, estiveram com os golpistas.
Desde então, nos mantivemos em manifestações, todos os domingos, nas capitais do País, e que devem estar chegando a quase mil atos pelo fora Bolsonaro, de Rio Branco (SP) a São Paulo (SP), de Norte a Sul, e o plano é simples, derrubar Bolsonaro e os golpistas.
As eleições deste ano, neste sentido, servem como mais um meio para divulgar essa e outras reivindicações populares, como não poderia ser diferente. Uma tribuna para ampliar a luta pelo fora Bolsonaro. Essa deveria ser a participação da esquerda nesse processo fraudulento.
Vender a farsa de que é possível ser eleito e mudar tudo para o lado da esquerda, é uma ilusão para enganar os incautos. Uma farsa muito mais enfraquecida se compararmos eleições anteriores. A experiência com o voto, pela esquerda, já foi feita. Rasgaram em 2016, e cassaram os votos de 2018, com a prisão de Lula. Finalmente, na luta contra o golpe de Estado, é preciso derrubar os golpistas e suas instituições, por todos os meios necessários.