A greve estudantil contra o EAD (Ensino a Distância), a volta às aulas e pelo Fora Bolsonaro que foi deflagrada em Goiás e no Distrito Federal impulsionou a aprovação da greve na universidade estadual do Pará e de outros estados do País. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Minas Gerais os militantes da Aliança da Juventude Revolucionária, organizando os Comitês de Luta Estudantis, também trabalham para impulsionar as greves em nível nacional.
A experiência da organização da juventude nas greves e nos Comitês de luta, portanto, mostram uma verdadeira necessidade nacional pela luta política, por uma alternativa de lutas que de vazão para a tendência explosiva colocada pela situação da crise. Nesse sentido, o EAD e a Volta às aulas devem ser entendidos como ataques parciais, cujo combate está atrelado à luta contra a origem do problema, ou seja, do próprio golpe de Estado.
Após o golpe de Estado neoliberal, iniciou-se a perseguição sistemática ao movimento estudantil, com a implantação de reitores e diretores biônicos em diversas universidades e escolas do Brasil, assim como a iniciativa pela fascistização do ensino a partir do “escola sem partido” e a militarização das escolas. O mesmo golpe foi o responsável pela eleição fraudulenta de Jair Bolsonaro a partir da perseguição à candidatura do ex-presidente Lula. Dessa forma, implantou-se um governo de militares cuja política genocida é escancarada por sua inação diante da pandemia.
Dessa maneira, a luta pela qualidade do ensino e contra o genocídio da juventude com a volta às aulas em meio à pandemia deve seguir a mesma linha política a ser colocada para o restante da esquerda: a unificação política em torno da candidatura do ex-presidente Lula.
Se a eleição de Bolsonaro dependeu do boicote à candidatura de Lula, o impedimento da sua reeleição deve estar associado à garantia da candidatura do ex-presidente. Não apenas isso, a garantida da candidatura de Lula, a partir de um amplo movimento militante em torno da unidade de toda a esquerda, amplifica a polarização política modificando a correlação de forças em favor da esquerda.
Apenas com a correlação de forças favorável, portanto, a esquerda e o movimento estudantil, em particular, terão condições de aprovar as suas pautas e barrar a ofensiva fascista contra a população.