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Correios

A greve traída

Peleguismo manobrou contra a manifestação dos trabalhadores, e deve ser superado pela radicalização dos setores mais combativos

Cerca de 3 mil trabalhadores dos Correios, oriundos dos mais diversos lugares do País, se organizaram em caravanas com destino a Brasília, para pressionar o Tribunal Superior do Trabalho (TST), que no último dia 21 determinou o fim da greve, que já dura mais de um mês. Em conluio com o governo federal, o TST aprovou um escárnio contra a categoria, prevendo um reajuste abaixo da inflação, compensação de metade dos dias parados e retorno imediato dos trabalhadores aos postos, além de uma multa em cem mil reais por dia parado caso a decisão dos juízes fosse desafiada.

Os trabalhadores, que aguardavam o julgamento do TST próximos ao prédio central dos Correios, tinham a expectativa de ocupar o prédio caso isso ocorresse mas acabaram sendo ludibriados pelas manobras da maioria das direções sindicais, que tão logo a decisão fora proferida, determinaram o retorno das caravanas aos seus respectivos estados para discussão dos termos do TST em assembleias, tendo o cuidado de apaziguar a situação quando alguém mencionava a ocupação do prédio, sob a alegação de que não haveriam condições para fazê-lo e que as assembleias, nos Estados, iriam deliberar a continuidade da greve.

O curioso da situação é que essa avaliação, de que não seria possível radicalizar a greve no próprio dia 21, partiu de dirigentes sindicais porém não era compartilhada pelos trabalhadores, que precisaram ser desmobilizados às pressas para evitar a radicalização. O quadro revela que a luta para impedir a privatização dos Correios envolve não apenas o combate direto contra o regime golpista de Bolsonaro mas também a superação das direções covardes que traíram a mobilização do dia 21 de setembro.

Em meio a todas as dificuldades impostas pela pandemia, a distância de Brasília em relação aos grandes centros e a crise econômica, a mobilização de 3 mil trabalhadores para uma manifestação na capital federal é algo muito expressivo. Isto torna ainda mais criminoso a manobra das direções capituladoras, que atuaram para impedir uma resposta dos trabalhadores contra o verdadeiro a determinação da burocracia judicial.

Valendo-se desta manobra, os pelegos das direções dos Sindicatos de São Paulo e Rio de Janeiro, ligados ao PCdoB, que tinham sabotado a manifestação em Brasília, fraudaram as “assembleias” virtuais nessas capitais e deliberaram pela volta ao trabalho ainda na segunda-feira, quando as caravanas retornavam aos seus estados. Em uma clara traição aos trabalhadores.

A traição dos pelegos mafiosos – que integram uma federação fantasma como o MDB e bolsonaristas – e a capitulação das demais os dirigentes deve ser enfrentada politicamente pelos setores mais combativos dos Correios, que têm agora a responsabilidade de debater o balanço dessa luta e reorganizar a mobilização, visando superar a inércia da maioria dos sindicalistas frente à decisão do TST, que reduz os vencimentos dos mais de 100 mil trabalhadores da empresa e a coloca no caminho da privatização, que levaria à demissão de mais de 40 mil trabalhadores.

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