Nesta quarta-feira (30/06), uma das maiores farsas da luta contra os golpistas e Jair Bolsonaro foi realizada em Brasília, um ato escatológico. A farsa é a entrega do chamado super pedido impeachment do presidente fascista Jair Bolsonaro com integrantes de partidos e organizações de esquerda com delinquentes políticos e fascistas como Joice Hasselmann, Kim Kataguiri e Alexandre Frota.
É importante lembrar que esses elementos e seus agrupamentos fascistas foram e são os maiores defensores da política da extrema direita, da campanha suja contra o PT e a esquerda, de apoio ao golpe em 2016, a perseguição e prisão de Lula e aos ataques ao patrimônio público e aos direitos dos trabalhadores. São figuras destacadas e responsáveis pela situação atual de fascismo no Brasil.
A campanha realizada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) é ainda muito suja. Para justificar seu apoio ao impeachment é que se manter Bolsonaro na presidência, há o risco de Lula voltar a governar o país com o lema “se ele não cair, Lula volta”.
A imprensa golpista fez grande propaganda e comemorou esse pedido de impeachment porque representa claramente a formação de uma frente ampla, onde some o vermelho e surge o verde-amarelo, e limpa o passado sujo e golpista de elementos da direita nacional como os citados acima neste artigo.
Novamente a esquerda vai a reboque da direita e acaba fazendo novamente propaganda da direita golpista, e colocando a burguesia no controle da situação política novamente quando a população está saindo nas ruas para derrotar Bolsonaro.
Mais uma ilusão nas instituições
A entrega do superpedido de impeachment de Jair Bolsonaro é mais uma demonstração de que a esquerda pequeno burguesa não entende o que ocorre na política do país. Isso porque esse é o pedido de impeachment número 123, ou seja, existem uma quantidade enorme de pedidos de impeachment de Bolsonaro e nunca deu em nada. O que mudou na situação atual é que a imprensa golpista está dando grande destaque a essa entrega devido à formação da tão sonhada frente ampla, onde a esquerda é retirada da frente contra Bolsonaro e as ruas passam a não ter a importância que deveriam, e sim as instituições.
A esquerda pequeno burguesa ainda possui a ilusão de que o Congresso Nacional dominado pela direita golpista e bolsonarista vai derrubar Bolsonaro e agravar ainda mais a crise política no Brasil.
É um tapa na cara da luta pelo fora Bolsonaro
Essa “unidade” da esquerda e de setores marginais da direita golpista pelo impeachment de Jair Bolsonaro é uma total desmoralização do movimento da luta contra o golpe, contra a direita e pelo fora Bolsonaro. Isso porque a aliança com setores que defendem os ataques contra os trabalhadores e ao patrimônio nacional, como privatizações, e que foram ativos no golpe e no ascenso de Bolsonaro vai colocar um freio no movimento político. Isso ocorre no agravamento da situação política e no momento em que estão retomando as grandes manifestações de rua contra Bolsonaro.
É preciso se colocar contrário a ficar ao lado da direita golpista e não aceitar o verde-amarelismo e expulsar a direita das manifestações, impedindo que tomem conta desse grande movimento de luta.
É por isso que o Partido da Causa Operária não assinou e não assinará nada junto com a direita que faz uma oposição de fachada ao governo Bolsonaro. Tomar as ruas de vermelho contra Bolsonaro é a única maneira de garantir o fora Bolsonaro e toda a direita golpista.