O Ensino à Distância (EAD), começou a ser implementado no Estado de São Paulo a partir do dia 22 de abril de 2020. Uma medida do governo do Estado como resposta para a suspensão das aulas, que iniciou-se no dia 20 de março. Essa suspensão adotada foi uma medida tardia, pois mesmo assim, morreram oficialmente mais de 15 professores apenas na rede estadual. A quantidade de alunos e funcionários que foram infectados pelo Covid-19 é totalmente desconhecida.
A forma como as “aulas online” estão sendo implementadas é um desastre, pois a plataforma oficial não funciona de forma adequada. Professores e pais estão sendo bombardeados com as tarefas das escolas, gerando uma sobrecarga para alunos e professores. O ensino virtual é feito com poucos recursos e pouca preparação, por isso, fadado ao fracasso.
Nos Estados Unidos, onde a pandemia atingiu índices alarmantes, também foram suspensas as aulas, e uma pesquisa sobre o ensino à distância mostrou que os pais acham que os professores deveriam ganhar 77% a mais pelo trabalho que desempenham. Com as aulas online, os pais perceberam o quanto a presença do professor é fundamental na aprendizagem dos seus filhos.
O EAD é um projeto dos governos para cortarem gastos na área da educação. A questão é que, uma vez que seja aceita a proposta de EaD no período de crise, cria-se uma justificativa para avançar após a pandemia. Os governos inimigos do povo, como é o caso de João Dória e Bruno Covas do PSDB, vão alegar que o projeto “deu certo”.
Neste projeto neoliberal proposto pelos tucanos, com apoio do FMI e do Banco Mundial, se o indivíduo não tem condição, o problema é único e exclusivo dele. A sociedade e o Estado não farão nada para que este tenha condições de ter uma educação de qualidade e se apropriar dos conhecimentos políticos, filosóficos, técnicos e científicos produzidos pela humanidade. Joga toda à responsabilidade para os pais e professores.
A intenção é repassar recursos do orçamento público para as empresas privadas que atuam nesta área e que fecham vultuosos contratos com o Estado, com a disponibilização das plataformas online. É o caso da Fundação Lemann e diversas outras no Brasil. O que evidencia que trata-se de uma farsa, produzida para encher os bolsos dos grandes capitalistas, que não têm qualquer tipo de preocupação com a educação do povo.
Diante desse caos e a superexploração dos profissionais da educação devemos boicotar e denúnciar as aulas online, pois essas colocam em xeque os milhares de emprego e o futuro da educação no país.