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A farsa de John Williams

A farsa da propaganda imperialista de que o racismo teria acabado (II)

Não sabemos de onde o sociólogo de gabinete tirara tanto desacerto. A teoria abstrata de Williams, certamente, passou longe das relações sociais concretas.

Da redação – Em meio ao recrudescimento da extrema-direita e do acirramento da luta de classes, seria possível afirmar que o combate ao racismo em um país imperialista como a Inglaterra seria bem-sucedido? De acordo com o sociólogo John Williams, professor da Universidade de Leicester, o racismo foi um elemento importante da violência no futebol inglês a partir dos anos 1970, mas a ação das autoridades e clubes tem sido bem-sucedida no combate ao fenômeno. Ainda segundo Williams, o racismo no futebol teria sido “transferido” para outros movimentos, como o grupo English Defense League.

Não é novidade que os casos de racismo no futebol europeu sempre renderam muitas laudas nos jornais. Na Inglaterra, por exemplo, as manifestações racistas tomaram grandes dimensões entre os anos 1970 e 1980, quando os Hooligans se projetaram na política em meio à ascensão de grupos de extrema-direita, como a Frente Nacional Britânica (FNB). À época, o partido aproveitava os jogos para distribuir panfletos e fazer recrutamento de pessoas. Embora haja grande esforço para creditar ao judiciário, através de leis repressivas, o papel de combate ao racismo, essa não é a realidade. O racismo não só não está diminuindo, como está aumentando.

Em matéria publicada no dia 30 de janeiro, o jornal inglês The Guardian e o Ministério do Interior denunciaram a escalada vertiginosa do racismo na Inglaterra. Os casos relatados superaram mais do que o dobro do número de três temporadas atrás. Foram mais de 150 incidentes racistas relacionados ao futebol somente na última temporada, o que corresponde a um aumento de mais de 50% em um ano. Segundo a ministra dos esportes, Catherine West, as evidências do Ministério do Interior são claras, com um aumento tão surpreendente nos incidentes racistas relacionados ao futebol desde a temporada de 15 a 16, coincidindo com o referendo da União Europeia e a normalização do fanatismo que ele introduziu”.

Vale lembrar que o racismo não ronda apenas a Inglaterra, mas todos os países imperialistas. Há pouco tempo, na Itália, a Lazio foi multada pela Federação Italiana de Futebol em 20 mil euros, o equivalente a R$ 90 mil. A multa, inexpressiva por sinal, foi por conta de gritos racistas na partida do Lazio contra o Brescia. O alvo da vez fora Balotelli, jogador negro do Brescia, nascido em Palermo, Itália. O jogo, por sua vez, chegara a ser interrompido. Romelu Lukaku, atacante belga, também passara por maus lençóis em campo. Embora os fatos revelem a farsa de Williams, no caso da Inglaterra, o racismo teria diminuído devido ao fato de ter sido considerado crime em 1991, seja por palavras ou sons.

Não sabemos de onde o sociólogo tirara tanto desacerto. A teoria abstrata de Williams, certamente, passou longe das relações sociais concretas. É justamente no aprofundamento da crise capitalista que a burguesia alimenta o chauvinismo, o racismo, a xenofobia e todos os comportamentos reacionários possíveis. É evidente que tanto a diminuição do racismo como o papel do judiciário – através de leis, no combate ao racismo são falsidades. O combate ao racismo só pode ser feito por meio do enfrentamento, como os torcedores do Lazio contra os fascistas. Um enfrentamento dos negros explorados, em aliança com o conjunto explorado da população trabalhadora contra as instituições burguesas, que são, em última instância, as grandes responsáveis pelo racismo e pela opressão dos negros. Logo, essa luta democrática deve se tornar uma luta revolucionária, porque as conquistas democráticas – como a igualdade racial plena – não podem ser alcançadas nos marcos do putrefato e racista Estado capitalista, apenas com uma revolução que ponha abaixo esse mesmo Estado.

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