Ricardo Salles, em reunião ministerial de 22 de abril, divulgada pelo STF, declarou que deveriam aproveitar a pandemia da covid-19 para “passar a boiada”.
Ele se referia ao mkdesvio das atenções da imprensa acerca das regulamentações da pasta, que ele desastrosamente comanda, a respeito da a Amazônia.
Ricardo Salles é o Ministro do Meio Ambiente do governo fascista do miliciano Jair Bolsonaro.
Desde a posse do fascista, em Janeiro de 2019, o número de invasões a territórios indígenas demarcados e sob proteção da FUNAI tem recrudescido descontroladamente e as enormes queimadas viraram manchete no Brasil e na imprensa internacional. De lá para cá, a situação só tem piorado.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe ) de 2019 apontam um aumento vertiginoso do desmatamento na região amazônica. Os focos de incêndio foram 2.248, de 1° a 30 de junho de 2020. Em 2019 foram 1.880. Os focos são registrados por satélites.
Há também o registro de uma antecipação do número de queimadas que antes costumavam se dar depois do mês de julho. Junho teve o pior índice registrado desde 2007.
O aumento das queimadas, considerado recorde, já vinha sendo alertado por ONG’s e por especialistas e corresponde com o acelerado desmatamento em meio à pandemia da Covid-19.
Ou seja; a recomendação de Ricardo Salles com relação á Amazônia está sendo seguida à risca. Num rastilho…
Numa óbvia farsa orquestrada, esse governo aproveita-se do cenário de caos, que ele próprio promoveu, para acentuar um estado de ocupação militar do território da Amazônia. A implantação do decreto de Garantia de Lei e Ordem (GLO) da Amazônia foi instaurado pelo próprio Planalto e é muito importante que se diga que, em único mês, gastará um orçamento correspondendo ao orçamento anual da fiscalização ambiental do IBAMA!
Ou seja; se o IBAMA contasse com um orçamento dessa cifra desde sempre, jamais ocorreriam queimadas criminosas e muito menos se justificaria a farsa da necessidade de enfiar os militares, Polícia federal, ABIN e a Força Nacional nesse território!
As queimadas foram promovidas por associações de ruralistas que viram na posse de Bolsonaro um momento oportuno para todas as suas ações criminosas. E agora, com a desculpa de combate a esses crimes, o planalto emite o decreto de Garantia de Lei e Ordem na Amazônia, que usando a desculpa de combate ao desmatamento e às queimadas, está se fixando lá para reprimir os movimentos sociais, os sem terra e prosseguir com o extermínio indígena. Querem implodir o trabalho desenvolvido pelo Instituto Chico Mendes naquela região que além de fomentar e executar programas de pesquisa, também promove a proteção e a conservação da biodiversidade em todo o território nacional.
A Justiça Federal do Amazonas cobrou do Ibama, do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e a Funai apresentassem respostas sobre o aumento recorde do desmatamento na região amazônica neste ano, sendo que eles sabem muito bem quem os promove…
A Amazônia possui um estoque de minerais necessários para o desenvolvimento tecnológico. E mais vinte por cento do manancial de água doce do mundo! É o imperialismo que financia sua ocupação mantendo agora um enclave militar diretamente controlado a partir da GLO Amazônia para defender os interesses de latifundiários e grileiros de terra. Isso é muito transparente para quem se detiver aos fatos e a sua cronologia.
Fora militares! Soberania já!