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Mulheres exploradas

A exploração das enfermeiras que combatem o vírus no Reino Unido e EUA

Além da doença, profissionais precisam lidar com jornadas exaustivas, falta de equipamentos de segurança e baixa remuneração.

As mulheres, que são a maioria do corpo de profissionais de saúde na maioria dos países que estão enfrentando a pandemia do Covid-19, além de enfrentarem a doença estão tendo que enfrentar também o descaso do poder público e estão sendo levadas a remunerações baixas, exposição ao vírus de forma direta, além da exaustão. Os casos nos países imperialistas só nos ilustram de como as mulheres estão sendo tratadas com descaso nesse momento tão difícil. 

Nos Estados Unidos, as profissionais de saúde estão sendo submetidas a jornadas longas e exaustivas de trabalho. Isso se deve ao fato de que do total do corpo de funcionários que trabalham nos hospitais, a maioria ficam encarregados de partes administrativas, afinal a saúde no país é uma verdadeira mercadoria, já que não contam com um Sistema Único de Saúde, como no Brasil. Médicas, enfermeiras, farmacêuticas, entre outros cargos, representam uma parcela menor que o esperado, e em tempos de pandemia o sistema de saúde dos Estados Unidos está á um passo do colapso, pela falta de profissionais. Além disso, as profissionais ainda precisam lidar com a falta de materiais de proteção, e a exposição direta ao vírus por falta de cumprimento dos protocolos de higiene para a prevenção do contágio. Já chegaram vários relatos á imprensa dos Estados Unidos de enfermeiras e médicas que estão trabalhando sem roupas adequadas, reutilizando máscaras, sem luvas, e que os materiais só estão sendo fornecidos em casos específicos. 

Outro impasse para as profissionais da área está na suspensão de cirurgias eletivas dos hospitais, já que estas geram grandes arrecadações aos hospitais, que com as suspensões ficam sem dinheiro e ao mesmo tempo não podem demitir funcionários, pela situação advinda com a crise, o que leva a uma menor remuneração daquelas que já estão trabalhando sem condições adequadas e ainda em jornadas exaustivas. A situação já é crítica para as profissionais estadunidenses e a tendência é só piorar, já que a pandemia do Covid-19 está apenas no início no país. 

Outro caso de descaso com as mulheres está no Reino Unido. Dos 3,2 milhões de trabalhadores que estão em profissões de alto risco e mais propensos a se infectar com o vírus, 2,5 milhões são mulheres, e dentro destas, cerca de um milhão estão entre os profissionais mais mal pagos. São profissionais que estão em contato direito com a população e são mais propensas a se infectar. Enfermeiras aposentadas estão sendo convocadas para voltarem ao trabalho no combate a doença, mesmo com remunerações abaixo do esperado. Não podemos esquecer que além dos profissionais de saúde também temos outros profissionais na linha de frente que continuam trabalhando como em mercados, farmácias, postos de combustíveis, e que em sua maioria estes cargos são ocupados por mulheres. 

A crise do Covid-19 só deixa às claras para a sociedade o quanto o trabalho da mulher vem sendo desvalorizado há tempos pelo neoliberalismo. Remunerações baixas, condições de trabalho péssimas, ambientes insalubres, desigualdade, tudo isso as mulheres já enfrentam no mercado de trabalho há anos, e agora isso está em evidência pois a crise bateu à porta da sociedade e vimos que trabalhos extremamente importantes feito por mulheres não são  valorizados e tratados como deveriam. Essa sempre foi a realidade das mulheres e de todos os trabalhadores. A crise de saúde e capitalista nos mostra a necessidade da luta das mulheres para um futuro em que governos e instituições valorizem o trabalho das proletárias. Todas as trabalhadoras devem estar unidas nestes momentos decisivos para garantir que seus trabalhos e sua vida sejam respeitadas.

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