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A esquerda que proíbe bandeiras de partidos deve ser tratada como o MBL

O ato dos alunos, professores e pais de alunos do colégio Pedro II, ocorrido na capital carioca na semana passada, em protesto por ocasião da presença do fascista Bolsonaro em evento no Colégio militar no Rio de Janeiro, acendeu a luz amarela, pois marcou o reaparecimento da política defendida pelos fascistas e a esquerda pequeno-burguesa nas manifestações 2013 de que os partidos deveriam “abaixar suas bandeiras”.

Foi justamente a capitulação da esquerda naquelas manifestações (2013), que permitiu a ascensão do Movimento Brasil Livre (MBL) e de diversos outros agrupamentos fascistas, que teve como consequência central o “assalto” das grandes mobilizações estudantis pela extrema-direita, mobilizados pelas organizações Globo e dos grandes grupos da imprensa burgueses. Já naquele momento, os capitalistas estavam empenhados no golpe de Estado e na transformação do movimento dos estudantes em um movimento de perseguição ao PT e à esquerda em geral, e no posterior impeachment da presidenta Dilma.

O seu reaparecimento justamente em um momento em que a crescente polarização da situação política aponta uma forte tendência a grandes mobilizações populares, não é uma mera coincidência.

Se em 2013 o movimento difuso, sem um eixo concreto de luta contra os governos estaduais e muito menos de unidade contra o próprio estado burguês, permitiu que a direita tomasse de assalto as mobilizações e transformasse em um movimento contra o governo do PT, na atual etapa visa servir como uma barreira diante do repúdio popular crescente contra o governo Bolsonaro e próprio golpe de Estado.

Essa tentativa de colocar uma “coleira” nas mobilizações que ora se iniciam, deve ser veementemente condenada pela esquerda. Toda a população que repudia o desmonte da educação e do próprio país patrocinada pelo fascista Bolsonaro tem plena liberdade para se manifestar como bem entender. Trata-se de um movimento democrático e os trabalhadores, os estudantes, os partidos politicos de esquerda, os sindicatos, devem participar com suas bandeiras, suas palavras de ordem, seus materiais de propaganda.

As organizações ligadas aos trabalhadores não devem aceitar, sob hipótese alguma, qualquer tipo de censura, seja da parte de quem quer que seja. Para o PCO, “abaixar as bandeiras” é a imposição da palavra de ordem bolsonarista de que o “meu partido é o meu país” e como tal, é uma tentativa de calar todos aqueles que lutam contra o golpe e contra Bolsonaro, portanto deve ser visto como uma política bolsonarista e merece o tratamento que merecem os fascistas.

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