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Esquerda Dorista

A esquerda pequeno-burguesa apoia o crime da volta às aulas

A esquerda pequeno-burguesa defende o fim da greve dos professores contra a política genocida do volta as aulas

A greve dos professores da rede estadual de ensino de São Paulo está na sua quarta semana. Os professores decretaram greve contra a política genocida do governo de João Doria (PSDB) que insiste no retorno às aulas mesmo com o aumento da contaminação por Covid-19 e com o colapso do sistema de saúde pública, em diversas cidades os leitos estão lotados e o número de casos que necessitam de atendimento médico aumenta vertiginosamente.

No último sábado (27), ocorreu a terceira Assembleia da categoria para tratar dos rumos da mobilização; as assembleias têm acontecido de maneira inteiramente virtual e regionalizada. A capital e as cidades da grande São Paulo são divididas em dois blocos; assim também acontece com as cidades do interior.

O Bloco 1, da Capital e Grande São Paulo, reúne cidades como Santo André, Mauá, São Bernardo do Campo, Osasco, Guarulhos, Suzano, Poá, Itapecerica da Serra, Franco da Rocha e Cotia, além de regiões da capital como Itaquera, Lapa, Santo Amaro, São Miguel e Tatuapé.

A chamada “oposição”, um bloco da esquerda pequeno-burguesa composto principalmente pelo PSOL e PCB e outros grupos menores, que está há 20 anos na diretoria da APEOESP, defendeu abertamente o fim da greve nas assembleias.

Essa greve atual dos professores mostra claramente que o qualificativo somente tem sentido com complemento: de direita. Uma oposição de direita. Desde a primeira assembleia em 05/02, um número de coletivos e tendências do PSOL, assim como a Unidade Classista do PCB e outros grupos de “esquerda” dentro do sindicato defendem a política do Doria de retorno às aulas, defendendo o fim da greve.

Nessa assembleia não foi diferente. Mesmo com 2000 contaminados, considerando a rede do município de São Paulo e das Particulares, com 25 mortos, a “oposição” de direita crê que se deve retornar as escolas, abandonado os professores a sua própria sorte. Um grande número de intervenções na assembleia, dos que defendem o fim da greve, justificou sua posição reacionária, pró-governo, culpando os professores e a direção majoritária.

Segundo eles, a categoria não aderiu à greve e, portanto, não se importa com o risco, sendo assim não há sentido na greve; esquecem de dizer que é tarefa dos sindicalistas mobilizar a categoria, o que não fazem. Outro argumento curioso é o de exigir o fim da greve, posto que a direção majoritária do sindicato propôs e que tem sido aprovado, uma greve sanitária, ou seja, uma greve do trabalho presencial, permanecendo os professores em trabalho remoto ou se colocando disponível para o trabalho remoto. Segundo eles, greve sanitária é uma farsa e sendo assim é melhor voltar para escolas tal como Doria deseja.

Sem dúvida a greve sanitária é um fator que limita o desenvolvimento da mobilização, a corrente Educadores em Luta/PCO defende a greve total, paralisação de todo o trabalho contra a política genocida do governo e defendeu essa política em todas as assembleias até então, assim como defendeu a unidade com os municipais, os comandos de greve e a necessidade de atos de rua. Contudo, é estranho a conclusão a que chega a esquerda, como as tendências do PSOL, Resistência e Esquerda Marxista, que defendem que ao invés de se apoiar na mobilização que existe e que cresce para lutar pela paralisação total, se chegue à conclusão contrária: como não há paralisação total, querem desmobilizar a categoria completamente, por que é isso que significa objetivamente o fim da greve.

A política da esquerda não coloca em primeiro lugar os interesses da classe trabalhadora, nem mesmo da sua atividade sindical. Essas posições direitistas, que vem muitas vezes enfeitadas com citações e discursos pseudo-marxistas, revelam os fundamentos da política desta esquerda, ou seja, a autopreservação, a manutenção de status, de sua posição. Por isso são avessas a mobilização real, pois nesse momento são as ações que contam e não a fraseologia, o que os coloca em uma posição extremamente defensiva.

Apesar desta esquerda, é necessário seguir a mobilização dos trabalhadores da educação pelo fechamento das escolas. Volta às aulas só com vacina e com o fim da pandemia!

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