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Crise de saúde e financeira

A esquerda não pode se acovardar diante da crise: é preciso ir às ruas

É preciso deixar claro: não podemos ficar sem fazer nada diante da catástrofe que se avizinha

Por João Pimenta

O companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do nosso partido, veio a campo para expor o programa do PCO para lutar contra a hecatombe financeira e o desastre de saúde pública que se avizinha.

Ele fez um chamado a lutar por um programa de reivindicações transitórias que, como aquele proposto pela IV internacional, visa em primeiro lugar defender a integridade física dos trabalhadores diante da crise. Proteger seu sustento, sua saúde, sua vida.

As medidas propostas são corajosas: estatizar o sistema de saúde privado, colocando todos os recursos médicos à disposição de um poder central, mitigando os efeitos da epidemia, a proposta de estatizar tanto a indústria médica quanto os laboratórios é também essencial, pois numa crise como essa, é preciso garantir fluxo constante de remédios e materiais médicos sem a especulação criminosa sobre os preços.

A proposta de formar conselhos populares para controlar os preços de gêneros de primeira necessidade e para fiscalizar o sistema de saúde, para impedir a irresponsabilidade dos governantes, que numa crise como esse é equivalente a genocídio, são medidas que não são novas, muito pelo contrário, foram usadas no mundo em vários pontos da história, e são necessidade num momento como este.

Rapidamente abre-se um vão entre nós e o resto da esquerda, novamente. Não por uma divergência de projeto, mas por uma divergência muito mais fundamental, de método.

O PCO não acredita que ficar em casa vai resolver nada, não confia, como as pessoas sãs não confiam, que o governo vai fazer tudo em seu poder para evitar as mortes. A esquerda, mais notadamente o PCdoB, mas também setores do PT, decidiram recolher suas tropas e ordenou a todos que não saiam de casa, em nome de impedir o contágio.

Estes senhores têm de se conciliar com um fato: da maneira como as coisas estão, o contágio ocorrerá. Ocorrerá nos ônibus lotados, nos metrôs, nos hospitais e postos de saúde que estão a cada dia mais abarrotados, nas fábricas (onde os patrões se recusam a dar licença de saúde para seus funcionários), nas favelas.

Eles não se dão conta de que muitos não podem ficar em casa. Trabalham para pagar a comida do dia seguinte, se pararem de trabalhar, ficarão sem salário, sem comida, sem casa, etc..

Os governos, com suas estimativas extramente otimistas, colocam o contágio entre 1 e 10% da população, isso em S. Paulo, se expandirmos esse valor para o País, falamos de números de 2,3 a 23 milhões de pessoas.

Bem, se o contágio é realidade, então de que serve a suspensão das manifestações? Serve para entregar nas mãos de Bolsonaro, Dória, Witzel, Zema e outros fascistas o controle da crise, e se o pior acontecer, isso custará dezenas de milhares de vidas.

Muitos dirão que as propostas feitas são inviáveis, que é um sonho, que não temos como realizá-las, esses muitos estarão opondo o nosso programa ao programa de Witzel e Bolsonaro.

Os demitidos da crise, os doentes que não tem leitos, os familiares dos mortos não terão o direito de serem tão “sábios”. a eles sobra a luta pela sobrevivência, e nosso é o programa da sobrevivência.

O PCO não pode, e nem deveria almejar, realizar sozinho este programa. Este é um programa de luta para toda a classe, e neste sentido fazemos em alto e bom o chamado: que a CUT convoque um congresso do povo para debater os rumos da crise! 

Nós não debatemos, à época do impeachment, o que era possível fazer, ou se poderíamos, com nossas próprias forças parar a ofensiva golpista. Nós tomamos as ruas e fizemos tudo que foi possível. Essa luta, mesmo que não sendo vitoriosa, preparou o próximo período de luta e fez com que o golpe no Brasil não tenha sido vitorioso de forma tão acachapante quanto o do Paraguai. 

Faremos novamente isso, somos representantes do interesse da classe operária, não nos esconderemos do combate nesta hora de necessidade.

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