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Cadê a solução?!

A esquerda desistia da luta, e o PCO criava Conselhos Populares

O PCO colocou como primeira regra para a defesa do povo na crise: não confiar nos governos e instituições. E prinipalmente por isso, se organizar em conselhos populares.

Desde março deste ano, quando foi reconhecida a epidemia no Brasil, e logo depois a pandemia, e com ela e infestação do globo todo, o PCO marcou sua atuação questionando internamente em suas conferências e debates sobre a estratégia de como deveria ser o enfrentamento do surto que se abateu sobre o país, mas sem perder o norte que sempre pautou todas as ações do partido: o povo e a classe trabalhadora em particular.

Quando, em março, o lockdown e o isolamento social foram decretados, numa tentativa de tirar as pessoas das ruas para frear a rapidez com que o vírus vinha sendo disseminado, e diminuir o impacto da procura de tratamento nos hospitais,e o consequente colapso do sistema da saúde, o PCO logo percebeu que o interesse dos golpistas, que nunca priorizou as necessidades da classe trabalhadora, não seria naquele momento que mudaria. 

Certo de estar consciente desse mau trato, passou a denunciar a estratégia do governo de se utilizar de demagogias para enganar a população. Foi quando a polêmica entre os governadores da direita, em confronto com Bolsonaro, começaram a defender a ciência e no trato da pandemia, contra a negligência de Bolsonaro que tratava a pandemia como uma simples gripe. Foi quando vimos o nascimento da Frente Ampla, uma negociata da direita para pleitear mais cargos e privilégios junto ao governo golpista, e que arrastava a esquerda levando-a a reboque.

O PCO, desnudou a questão, vendo que o isolamento não adiantaria, porque, na verdade, os governadores de direita, embora travassem essa batalha com o goveno federal, e se colocassem como guardiões da ciência e do reconhecimento, que, pela gravidade da doença, havia a necessidade, não só do uso da máscara, mas como também de manter o isolamento social, esses mesmos eram os que não investiam e não reforçavam, como deveria ser, o orçamento do sistema de saúde, com tudo o que era necessário para evitar o colapso.

É preciso lembrar a esta altura, que o sistema da saúde, em vários estados, diante da crise porque passava e continua passando o Brasil, e o mundo todo, já estava sucateado, com os governos quebrados, devedores de uma dívida interna que já os colocava quase na bancarrota, e vários setores do funcionalismo público sem receber em dia, ocasionou várias greves e manifestações de vários setores. 

Como forma de lidar com isto, vários governadores já vinham seguindo a cartilha ditada pelo governo golpista, e que indicava a necessidade de reforma na previdência estadual, seguindo a linha da federal, como também a reforma administrativa, bem como as privatizações de valiosos patrimônios públicos, para pagar a conta de um rombo, que final das contas, também é questionável.

Pois bem, esses mesmos governadores começaram a posar de bonzinhos, quando na verdade, não passavam de lobos em peles de cordeiros, tentando, com demagogia, ganhar prestígio às custas de uma coisa que nunca foram: governantes priorizando a necessidade da classe trabalhadora e do povo pobre.

Com este cenário, o PCO nunca se enganou quanto às reais motivações desses políticos, e desde o início, não só denunciou esta situação, como chamou a esquerda e os sindicatos para que agissem no sentido de resguardar a saúde dos trabalhadores, que, independente do decreto do isolamento social e do fechamento do comércio, não podiam parar, as fábricas de produtos alimentícios, setores de energia, de produtos voltados para a saúde, setores do transporte, supermercados, os trabalhadores não pararam, e continuavam, dias após dia, a trabalhar ainda que mantido o decreto do isolamento e do fechamento de comércio. 

De forma muito lúcida, o PCO tentou incentivar os trabalhadores e os sindicatos para que não parassem as mobilizações e greves, porque aí havia uma contradição e um problema político importante que esvaziou as ruas e as genuínas reclamações dos trabalhadores, qual seja: uma manobra política que determinava que, para trabalhar, o cidadão podia se eximir do isolamento social, mas para se mobilizar nas greves e manifestações de rua, ele não podia, tinha que seguir o decreto.

Para desgosto do partido, a própria esquerda criticou esta iniciativa, e até mesmo os sindicatos fecharam suas portas para o trabalhador e demonstrar a necessidade de cumprir com o isolamento social.

A situação se agravava ainda mais, porque, sem poder se mobilizar e reclamar seus direitos, o trabalhador continuava se expondo à doença e sem o respaldo de poder contar com um sistema de saúde que o acolhesse quando precisasse, já que sucateado e sem investimento, ele caminhava para o colapso.

Diante desta situação, o PCO, desde o início, não viu outra saída que não passasse por um necessário mutirão que levasse as pessoas a se organizarem em comitês de bairros, estruturando conselhos comunitários, para que, organizados em grupos, tivessem a força para exigir da administração pública, as condições mínimas para suportarem a pandemia, e conseguir acesso à máscaras, álcool em gel, ou mesmo água limpa, remédios, e etc. Com a urgência do momento, o PCO organizou panfletagem nos bairros, colocou a militância em contato direto com os trabalhadores para convidá-los a se mobilizar e organizar, com uma lista de reivindicações que contemplam seus próprios interesses. Reuniu-os para discutir as necessidades imediatas do bairro e encaminhar a solução dessas reivindicações, como por exemplo, entregar uma lista de reivindicações à prefeitura da cidade, e fazer chegar aos administradores públicos, as prementes necessidades da população pobre e trabalhadora, invertendo os critério que as relegou a último plano, e impondo uma nova situação em que, pelos conselhos, eles passam a fiscalizar , participar das decisões cobrando do poder público o atendimento às reivindicações dos moradores dos bairros tais como hospitais de campanha, leitos com respiradores, testes em massa, álcool, máscaras, lutas, materiais de higiene, condições de moradia, restaurantes populares, etc.

Esse exercício trouxe aos membros e moradores que participam do conselho, a capacidade de organização, por meio de uma rede de ajuda mútua, e um atuação e voz mais decisiva na vida política. Com isto, o partido espera maior mobilização.

Além disso, o partido também reforçou a pauta de reivindicações dos trabalhadores com  algumas propostas que, agora mais do que nunca, deveria ser implementada pelas empresas para que houvesse um combate ao desemprego e a miséria na qual se viu , e ainda se vê trabalhador, diante de um cenário de demissões e fechamento de empresas. Dentre elas, o partido propôs a diminuição da jornada de trabalho para 35 horas semanais, sem diminuir o salário, com a possibilidade de contratação de pessoal em mais turnos de revezamento, para que o desemprego diminuísse, e todos tivessem comida na mesa em condições de suportar os momentos difíceis.

O governo, em vez de incentivar ideias como essas, preferiu o contrário, injetou dinheiro nos bancos e grandes empresas, para suportarem a crise, e ofereceu para o trabalhador já demitido e desempregado, uma esmola de R$600,00 que em dezembro cortou pela metade, para que ele pudesse comprar uma corda e se enforcar, já que não dá ajudar no seu sustento e de sua família.

Com o tempo, as denúncias do PCO se confirmaram, vimos os colapsos do sistema de saúde e a morte de vários trabalhadores; vimos a miséria crescer junto com o desemprego. Vimos toda a demagogia ser coroada pelo milagroso desaparecimento da pandemia quando chegaram as eleições, quando “misteriosamente” a direita se apresentou quase como se fossem socialistas, e irmanadas pela esquerda que roforçou a ilusão de solução de todos os problemas com as eleições e com uma frente ampla. E, depois de tudo, no instante em que acabaram as eleições, também e, misteriosamente, da noite para o dia, vimos a pandemia reaparecer, e de novo o isolamento social, o fechamento do comércio, e as mortes.

Dessa vez, com mais desenvoltura, os governantes passavam do isolamento e do fechamento do comércio à sua flexibilização e abertura com mais desenvoltura. O critério do tipo adotado, que é a flexibilização hora sim e hora não para favorecer o comércio e não fechar completamente a economia, novamente, como não podia ser diferente, trouxe severas consequências, implementando o caos e trazendo com ele mais mortes de pessoas, muitas delas com comorbidades, como são da natureza dos idosos, atingindo o povo pobre e trabalhador que não tem como se proteger em isolamentos, seja pela falta de condições de infra estrutura de saneamento básico e sanitário, seja pelos espaços apertados que ocupam, que é a maioria da população, seja pelo colapso do sistema de saúde.

Por via de consequência, essa forma de agir mantém uma um percentual de mortalidade, do qual não se tem como evitar, e até é um ônus consequente que o governo genocida e golpista prefere suportar para suprir os caprichos da burguesia.

As mortes de milhares é o ônus que o governo golpista prefere pagar para que a burguesia possa manter o seu comércio girando e lucrando, enquanto a pandemia avança.

O PCO colocou como primeira regra a defesa do povo na crise: não confiar nos governos e instituições. Eles nem querem, nem têm condições de dar uma saída positiva para a crise do ponto de vista do povo. E isso ficou provado com o tempo, em que as mortes só aumentam e as soluções não aparecem.

Finalmente, só um governo dos trabalhadores da cidade e do campo pode ser capaz de realizar uma alternativa para a situação, o que impõe a todas as organizações operárias, populares e democráticas que se coloquem em estado de emergência para defender a vida da população. E torna, cada vez mais urgente, a sistematização dos conselhos comunitários e os comitês de lutas dos bairros e dos trabalhadores, como uma via importante de luta contra toda essa desgraça.

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