Um estudo realizado por alunos de uma universidade norte-americana revela como a chamada “escravidão doméstica” afeta a vida das mulheres. Um dos fatores que contribuem para a opressão da mulher na sociedade capitalista é a chamada “dupla jornada”, que em muitos casos pode ser até “tripla”, ou seja, a mulher, além de seu emprego, tem como obrigação o serviço de casa, cuidar do “lar”, dos filhos, fazer comida, etc. De acordo com a pesquisa, a partir do momento que as mulheres engravidam e tem seu primeiro filho é que a discrepância salarial entre elas e os homens aumenta.
Os dados deixam claro que a emancipação integral da mulher passa, necessariamente, pela libertação das mulheres dos serviços domésticos. Por isso é fundamental a defesa de um programa democrático em relação às mulheres, como por exemplo, a construção de creches públicas, que sejam acessíveis a toda a sociedade. Nelas as mulheres poderão deixar seus filhos, enquanto trabalham.
A luta pela emancipação das mulheres deve estar vinculada também à luta mais geral contra a dominação de uma minoria social sobre a maioria do povo, ou seja, o capitalismo. Em uma sociedade socialista, onde a produção social estará sob o controle de toda a população, as mulheres poderão ficar livres de todos os afazeres domésticos que as escravizam até hoje, poderão se emancipar de maneira integral.