Da redação – Sem qualquer popularidade ou empatia com o povo, resta aos indigestos candidatos da direita partir pra disputas burocráticas na Justiça Eleitoral no intuito de cassar a candidatura uns dos outros e, assim, ganhar mais tempo de propaganda eleitoral nos meios de comunicação.
Segunda-feira, dia 20, foi a vez do candidato do MDB à Presidência da República, Henrique Meirelles, implicar com o tucano Geraldo Alckmin, pedindo a rejeição de sua candidatura junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob o pretexto de que estariam irregulares as atas das convenções dos partidos que o apoiam, PTB, PP, PR, DEM, PRB e SD, vez que não teriam registrado expressamente sua concordância com a participação das demais legendas na coligação. A defesa do peessedebista argumenta que o banqueiro está tentando criar um “fato político” para prejudicá-lo.
Nas palavras dos advogados, “o que se vê, com a devida licença, é a mera tentativa de criar um fato político, desprovido de qualquer indício ou evidência de que a vontade individual e autônoma dos partidos tenha sido de alguma forma desvirtuada ou desrespeitada”.
Eles acrescentam que “o essencial é a verificação da vontade soberana dos convencionais, em que não se deixa qualquer dúvida a respeito de sua adesão à candidatura presidencial bem como à coligação que em favor dela seja formada, num projeto inequívoco de uma base governamental sustentada pelos partidos políticos alinhados”.
Além da rejeição à candidatura de Alckmin, Meirelles requereu ao TSE que, caso o pedido principal não seja aceito, os seis partidos aliados sejam retidos da coligação, visando à diminuição do tempo de TV do tucano, que atualmente é de 3 minutos e 42 segundos, o maior de todos os candidatos em exposição televisiva durante a campanha oficial.