Da redação – O ex-presidente da Colômbia entre os anos de 1994 e 1998, Ernesto Samper, afirmou no Fórum “Guerra Jurídica e Estado de exceção na América Latina”, que acontece na 8ª Conferência da Clacso (Consellho Latino-americano de Ciências Sociais) nesta quinta-feira (22), que a eleição de Bolsonaro no Brasil é ilegítima e uma fraude eleitoral e, mais além, novamente falou sobre Lula, pois “não há uma só prova que o incrimine, há um malabarismo jurídico”.
Além da acusação pontual contra o golpe no Brasil, Samper lembrou da visita que fez ao ex-presidente Lula em Curitiba e denunciou que o petista está “confinado, só podendo ver sua família uma vez por semana, com uma hora de sol por dia”. Afirmou ainda: “quando fui visitar Lula, as pesquisas mostravam que ele poderia ganhar no primeiro turno, por isso o prenderam”.
Outro ponto interessante da fala do ex-presidente colombiano foi sobre a “judicialização da política”, onde os agentes do judiciário agem como “atores políticos”. “Há uma aliança diabólica dos grupos de direita, com um projeto político que está se concretizando no que se passa no Brasil. […] O caso de Lula, como diz Gabriel Garcia Marquez é um ‘crime’ anunciado”, denunciou.
Sobre o juiz golpista, agente dos EUA, Sergio Moro, Samper comparou ao árbitro da final de River Plate e Boca Juniors: “Imagine se ele vestir a camisa do River depois do jogo? É absolutamente imoral”
É importante que se organize instâncias internacionais na denúncia da prisão política contra Luiz Inácio Lula da Silva, fazendo aumentar a campanha para escancarar o golpe de estado. Porém, os golpistas que tomaram o poder, agora com um presidente fascistas eleito pela fraude, já demonstraram diversas vezes que não respeitam a lei, que passam por cima, rasgam, pisoteiam, modificam, ao seu bel-prazer.Assim, apenas o povo nas ruas, organizado em suas bases sindicais, operárias, camponesas, poderá derrotar a ofensiva que agora vem dos militares dentro do poder político contra os direitos dos trabalhadores e contra a própria Constituição.
Lugar de militar é no quartel e de Lula é nas ruas. Liberdade para Lula, Fora Bolsonaro e Abaixo o Golpe!
Com informações da Revista Fórum.