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O imperialismo destrutivo

A “economia do compartilhamento” da miséria capitalista

Piora as condições de vida da classe trabalhadora por todo o mundo. E hora de sepultar o cadáver do capitalismo

O jornal El País destacou que a greve dos entregadores expõe a verdade escondida por trás da “economia do compartilhamento”. Onde as startups criadas na década de 90 tinham como lema o compartilhamento como contrapartida da posse.

Por exemplo, ao invés de ter um automóvel de uso exclusivo, compartilharia com outros usuários. E isso reduziria o tamanho da frota em circulação e assim os congestionamentos, ainda reduziria os espaços para estacionamento, etc. O discurso era lindo!

No caso dos automóveis, o efeito foi o contrário como exemplo a Uber, que substituiu os taxistas, motoristas profissionais, por motoristas temporários enquanto estes não conseguiam emprego na sua área. Assim ao invés de diminuir os carros em circulação, na verdade aumentaram com inúmeros carros contratados.

Os preços baixaram, mas são as empresas de aplicativos quem ficam com a maior parte dos ganhos, com seus investimentos milionários, buscando ganhos de escala e ser líder no mercado.

A Uber foi criada em 2009 na California e chegou ao Brasil em 2014 com o discurso de carona paga e economia de compartilhamento. Amarga hoje prejuízo bilionário, mas o sistema foi replicado para o setor de comida, alvo dos protestos de julho. Nesse sistema os entregadores recebem no máximo 992 reais, mesmo ficando com o aplicativo ligado 10 ou 12 horas seguidas. Por outro lado, os restaurantes tem que repassar 27% do valor das contas para os aplicativos.

Os entregadores do ifood, startup brasileira que nasceu em 2011, recebem em média 21,80 por hora, segundo informações da empresa para o mês de maio. E considerando que a pandemia com o isolamento social favoreceu muito essa prática, nem assim os rendimentos dos entregadores melhoraram, ao contrário, pioraram, pois segundo eles os preços de entrega abaixaram mais de uma vez.

Uma pesquisa da Associação Aliança Bike traçou o perfil dos entregadores. 99% são do sexo masculino, 71% são negros, mais de 50 % tem entre 18 e 22 anos de idade, 57% trabalham todos os dias da semana, 75% ficam conectados até 12 horas seguidas e 30% trabalham ainda mais tempo.

Para aqueles que ainda não entenderam como atua o imperialismo, fica essa situação como exemplo. Fazem enorme propaganda de sistemas ou empresas, como se fosse uma enorme maravilha, e ao invés disso na prática, estão colocando em prática uma política que provoca um enorme prejuízo para os trabalhadores em seu conjunto. Afinal, eles dizem que a propaganda é a alma do negócio. Se isso não é mais uma mentira aplicada na sociedade, com o nome pomposo de “fake News” como está em moda, o que seria então? Vendem gato por lebre.

As greves de julho dos entregadores escancararam essa política imperialista. Que se resume a precarização do trabalho em escala mundial. Com rebaixamento do salário e das condições de trabalho, sem direitos trabalhistas, benefícios sociais, aumento exponencial da jornada sem precisar pagar horas extras, etc. Por outro lado, aumentam bastante seus ganhos e ainda reduzem os custos das empresas.

Em pouco tempo de existência dessas empresas, assistimos a maior expropriação dos trabalhadores. Uma precarização sem precedentes do trabalho formal e direitos trabalhistas. Para reverter essa situação será necessária uma ampla mobilização da classe trabalhadora impondo a sua pauta de condições adequadas de vida e trabalho.

A “economia do compartilhamento” foi na verdade um cavalo de Tróia, um tremendo engodo com graves e sérios prejuízos aos trabalhadores. A única coisa que o imperialismo tem para compartilhar é a miséria gigantesca para a classe trabalhadora.

Apesar disso, podemos ver claramente que o capitalismo na sua fase imperialista, está verdadeiramente nas cordas. Dando seus últimos suspiros na UTI, resta aos trabalhadores colocar as últimas pás de terra sobre o cadáver insepulto. É chegada a hora da luta final, uma terra sem amos, a internacional.

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