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A direita vai prender todo o mundo? Uma em cada cinco mulheres já abortaram

A Pesquisa Nacional do Aborto (PNA), realizado pela Universidade Nacional de Brasília (Unb) e financiado pelo Ministério da Saúde entre 2010 e 2016 revelou que uma em cada cinco mulheres já realizou um aborto em algum momento de sua vida.

Ao se realizar uma comparação com a população do Estado do Paraná, teríamos que 263.093 mulheres já realizaram um aborto e apenas no último ano teriam sido 28.093 abortos. E isso considerando-se apenas as mulheres com idade entre 18 e 39 anos, alfabetizadas (96,4% da população no Estado, segundo a Pnad Contínua do IBGE) e que vivem em áreas urbanas (85% dos paranaenses, segundo o estudo da Embrapa “Identificação, mapeamento e quantificação das áreas urbanas do Brasil”).

Essa pesquisa revela que os números são consideravelmente superiores ao que são registrados pelo Datasus, o banco de dados do Sistema Ùnico de Saúde (SUS), que aponta a ocorrência de 10.254 internações em decorrência de abortos (espontâneos, por razões médicas e outros).

De acordo com a PNA, de cada duas mulheres que abortam, uma acaba precisando de hospitalização por complicações. A diferença (o dobro de 10.254 casos apontaria para 20.508 abortos, 7.643 a mais do que o apontado pelo método de extrapolação), contudo, pode se explicar pelo fato de o Datasus trazer apenas informações sobre atendimentos feitos pelo setor público de saúde, sem considerar os casos atendidos pela saúde suplementar.

Portanto se conclui que o aborto no Brasil é uma prática comum e realizada em praticamente todo o período chamado de vida reprodutiva das mulheres e não apenas em um período específico, nas que são casadas ou não; que são mães hoje; de todas as religiões, inclusive as sem religião; de todos os níveis educacionais; trabalhadoras ou não; de todas as classes sociais; de todos os grupos raciais; em todas as regiões do país; em todos os tipos e tamanhos de município.

O dia 28 de setembro, estão sendo organizados dia de Luta pela Descriminalização do Aborto na América Latina e Caribe, com atividades em várias cidades.

O evento exige um posicionamento diante o processo que pede ao Supremo Tribunal Federal (STF) a legalização do aborto até 12 semanas de gestação, a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442.

Na legislação brasileira, existem apenas três situações em que o procedimento de interrupção da gestação é considerado legal: quando não há outro meio de salvar a vida da mulher; quando a gravidez resulta de estupro e quando há diagnóstico de anencefalia fetal. Nesses casos, a mulher pode ser atendida em qualquer um dos estabelecimentos públicos de saúde que possuam serviços de obstetrícia, seguindo as normas técnicas de atenção humanizada.

Somente uma ampla mobilização popular irá derrotar os entraves impostos pelos setores que atacam as mulheres, segmentos religiosos e a direita, os mesmos que, em 2016, foram responsáveis pelo golpe no País.

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