Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Luta contra o fascismo

A derrota do fascismo se dá pela luta nas ruas, não nas urnas

A extrema direita bolsonarista não será derrotada a partir das eleições, mas através da luta direta das massas ocupando as ruas e praças do País

Nas últimas semanas assumiu destaque no cenário político nacional as articulações no espectro da esquerda brasileira sobre o processo sucessório do País, onde já se discute, abertamente e sem reservas, as alternativas eleitorais para enfrentar o bolsonarismo em 2022. Ainda que estejamos há 33 meses das próximas eleições presidenciais, a movimentação das forças políticas no terreno da esquerda é intensa, o que já nos permite antever algumas possíveis situações (neste momento desastrosas) que estão se desenhando como “oposição” à extrema direita e ao fascismo, representadas pelo presidente fraudulento e golpista, Jair Bolsonaro.

No entanto, a questão fundamental que se coloca, para além das articulações e situações que vêem sendo construídas pela desorientada e iludida esquerda nacional, é saber se as eleições, se o processo institucional-eleitoral, controlado e manietado pela camisa de força das instituições antidemocráticas do regime burguês golpista é o caminho para a derrota dos golpistas, da extrema direita, do fascismo e do imperialismo no País.

As experiências históricas que tiveram lugar há menos de cem anos, mais precisamente na décadas de trinta do século passado nos conduz à conclusões que parecem ser opostas às da esquerda nacional, em particular as situações ocorridas na Alemanha e na Espanha, países onde a classe operária e as massas populares foram não só derrotadas, mas massacradas pela violência fascista da extrema direita. Ali, nesses dois países europeus, onde uma luta de vida ou morte era travada entre a classe operária e a extrema direita fascista (Hitler, Franco) o proletariado foi conduzido ao cadafalso pela estratégia criminosa e fracassada da esquerda alemã e espanhola, que submeteu a heróica e combativa luta das massas à política de capitulação, derrota e prostração diante dos fascistas assassinos.

No Brasil, no alvorecer da segunda década do século XXI, sob um governo de extrema direita, fascista, a esquerda nacional ensaia enveredar pelo mesmo caminho que conduziu ao fracasso e à derrota das massas populares nos dois países europeus, na medida em que já formula acordos e articulações puramente eleitorais como estratégia de enfrentamento ao governo fascistóide de Bolsonaro, da burguesia e dos generais militares, que vem não só atacando duramente as condições de vida da população explorada, como também a soberania do País, com a entrega das riquezas e do patrimônio nacional ao grande capital privado nacional e estrangeiro.

A luta contra o fascismo e a extrema direita – a experiência histórica e os recentes acontecimentos em nosso País demonstram – exige não só uma outra estratégia de enfrentamento, uma outra compreensão do significado da luta para confrontar e derrotar o fascismo, como está diametralmente oposta ao que vem sendo articulado por quase todos os setores da esquerda institucional, parlamentar (Psol, PT, PCdoB). O fascismo atua para desmoralizar, atacar e massacrar as massas populares, a classe operária, os trabalhadores e suas organizações, usam do recurso da ameça, da intimidação e da violência através das suas milícias, dos seus bandos assassinos, dos seus destacamentos armados.

Fica claro que esta ofensiva, esse método de ação da extrema direita fascista não pode ser enfrentado e derrotado no terreno institucional, eleitoral, parlamentar, judicial. A única forma de impor uma derrota ao fascismo, ao bolsonarismo, aos golpistas, à burguesia e ao imperialismo é através da luta de massas, do enfrentamento direto, da ocupação das ruas e praças de todas as regiões do País. Esta luta e este método de ação deve estar orientado por uma estratégia que coloque na ordem do dia a conformação de um amplo movimento nacional pelo “Fora Bolsonaro”, pois este é o sentimento e o desejo da maioria nacional, das massas sofridas e exploradas do campo e da cidade, que sentem na pele os ataques cotidianos do governo e do regime burguês golpista contra as suas condições de vida. Não há outro caminho na luta contra o fascismo, contra a extrema direita assassina, contra os inimigos do povo, contra os trabalhadores e as massas populares.

 

 

 

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.