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Alertas da catástrofe ignorada

A culpa pelas mortes na Baixada Santista não é da chuva, é de Doria

Dezoito mortos, 30 pessoas desaparecidas, podendo chegar a 45, os preliminares números da catástrofe por deslizamento em São Paulo. Na conta dos tucanos o desastre anunciado

Dezoito mortos, 30 pessoas desaparecidas, podendo chegar a 45, os primeiros números contabilizados pelo Corpo de Bombeiros, incluindo dois agentes da própria corporação entre os óbitos. Estes vieram à óbito enquanto trabalhavam nas buscas em Guarujá, segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo. É o preliminar resultado do temporal que caiu na baixada santista e que provocou deslizamentos de terra na encostas dos municípios da região.

A tempestade causou alagamentos em vias públicas, afetou serviços (transporte, educação, fornecimento de água, energia elétrica e telefonia) e fez rodovias serem bloqueadas. A chuva prejudicou a operação de buscas, encerrada por volta das 19h30, segundo os bombeiros. Os trabalhos devem ser retomados na manhã desta quarta-feira (4). De acordo com o capitão e porta-voz do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, Marcos Palumbo, as equipes trabalham nas buscas em Santos, São Vicente e em Guarujá com 114 bombeiros e 29 viaturas. “Permanecem no local e só sairão após a localização de todas as vítimas e deixar todos os locais em segurança”, disse o capitão.

Sequer o Corpo de Bombeiros, conseguia atestar com segurança, o número de vítimas. “O número de desaparecidos é bastante volátil. Esse número irá mudar no passar do dia”, disse o tenente André Elias, que trabalha no Gabinete do Comandante do Corpo de Bombeiros.

Alertas da iminência de catástrofes por deslizamento foram ignoradas

Três em cada 4 das 31.909 catástrofes naturais no país, ocorreram na última década, já alertava o Atlas Brasileiro de Desastres Naturais em 2012,de acordo com levantamento do Ministério da Integração Nacional. Uma média de 1.363 catástrofes por ano. Embora tenha ocorrido um aumento generalizado em todos os tipos de catástrofes, continuava o Atlas, os deslizamentos registraram o maior avanço. Entre os anos 1990 e 2000, houve uma alta de 21,7 vezes no número de ocorrências.

Governo do PSDB, parece desconhecer o alerta.

Sem qualquer justificativa para a flagrante ausência do governo do estado em obras de contenção de deslizamentos, o governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), foi até Santos após o temporal e improvisou o anuncio de um possível aluguel social para os sobreviventes desalojados, e a remessa de 4,6 toneladas de materiais para vítimas.

Outros estudos dados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) indicavam que, no período de 1988 a março de 2011, ocorreram 3.114 vítimas associadas a eventos de deslizamentos de encostas e processos correlatos em 243 municípios.

Iniciativa pioneira do Governo Federal, à época de Lula, desenvolveu a ação de prevenção de riscos em encostas, criada no PPA 2004-2007 com ação de apoio aos municípios para implantação de políticas preventivas a apoiar a execução de obras de contenção e reassentamentos nos locais considerados prioritários em municípios do Brasil. Estudos realizados pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM)/Serviço Geológico do Brasil (SGB), identificou um conjunto de 133 municípios com maior risco de desastres naturais relacionados a deslizamentos de encostas. 70% deles situados na região Sudeste, e o maior número de municípios no estado de São Paulo, com 35 cidades, sucetíveis de catástrofe por deslizamentos.

Governos tucanos passaram ao largo desses alertas todos, e daí a catástrofe de deslizamentos na baixada santista, transformou-se em catástrofe anunciada, e certa. Negligenciada pelos governos tucanos, assentados em São Paulo em quase três décadas, não admissível agora, aceitar a alegação que a culpa seja de São Pedro.

Catástrofe anunciada. Pelos tucanos negligenciada

Quedas de barreira nas rodovias Anchieta, Cônego Domênico Rangoni, Rio-Santos e Guarujá-Bertioga. Deslizamentos em sete morros, dentre os quais, Morro do Macaco e Barreira do João Guarda), no Guarujá. Deslizamentos dos Morro do São Bento, da Caneleira, Bufo e Fontana, Santa Maria, Pacheco e do Saboó, em Santos. Deslizamentos nos morros do Itararé, Barbosas, Ilha Porchat e Parque Prainha, sem São Vicente. Deslizamento de pedras na Avenida Newton Prado, no Morro dos Barbosas, na região do hotel Chácara do Mosteiro. Deslizamento de terra próximo ao túnel que faz a ligação entre as cidades de Santos e São Vicente.

Os 133 municípios identificados, a mais de uma década, com maior risco de desastres naturais relacionados a deslizamentos de encostas, 35 deles em São Paulo, foram totalmente ignorados pelos governos tucanos em São Paulo. Catástrofe por deslizamentos de morros e encostas, foram previstos há mais de uma década. Planos de obras de contenção, totalmente ignorados pelas sucessivas administrações tucanas em São Paulo.

Na conta de Doria e a direita deve-se contabilizar a responsabilidade pela catástrofe da Baixada Santista.

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