A crise sanitária no Brasil, provocada pelo coronavírus, está promovendo o colapso total do sistema de saúde. Os leitos de enfermaria e das UTIs estão com ocupação total eminente, não há testes e tampouco vacinas para toda população. A política dos genocidas nos governos dos municípios, estados e federal matou mais de 253 mil pessoas de COVID-19.
Não houve nenhum planejamento para a já esperada chegada da doença no país, nenhum recurso foi empregado para atender as necessidades que resultaram da pandemia. O teto dos gastos não foi revogado, uma medida criminosa que não permite investimentos no sistema de saúde. Os trabalhadores estão desempregados aos milhares, o auxilio emergencial chegou ao fim, realidade que contribui ainda mais para o esmagamento do povo.
Nenhuma medida de combate ao contagio foi implantada, as fabricas funcionaram com centenas e até milhares de trabalhadores, dos mais variados bairros e cidades, aglomerados em barracões fechados por todo país. As atividades comerciais e serviços não essenciais também nunca foram paralisadas. As estações de transportes estiveram o tempo todo funcionando com aglomerações, não houve aumento no número de trens, ônibus e metros.
Mesmo diante da escalada das mortes no país, os governos e municípios comandados por genocidas buscam reabrir as escolas para aulas presenciais. Foi assim que o criminoso ex-prefeito de Manaus, capital do estado do Amazonas, Arthur Virgílio Neto (PSDB), provocou o contagio de 30% dos professores da rede pública, além do colapso do sistema de saúde que resultou na morte de mais de uma dezena de pessoas por asfixia devido à falta de oxigênio.
Devido a falência da saúde pública, o estado do Amazonas transferiu centenas de pacientes infectados para outras regiões do país. A população do estado do Pará, vítima do golpista Helder Barbalho (MDB), também sofre com a falta de oxigênio. Uma crise que poderia ser evitada se áreas da Petrobras, como a sua fábrica de fertilizantes (Fafen), que dispõe de tecnologia para separar gases, não estivessem sendo destruídas. Foi justamente por reativar uma siderúrgica nacional que a Venezuela conseguiu socorrer Manaus.
O general da saúde, Eduardo Pazzuelo, anunciou uma brilhante ideia para o problema da falta de leitos de UTIs, transferir as pessoas infectadas para outras regiões sem considerar a falência generalizada do sistema de saúde em todas as cidades do país. Por outro lado, Joao Doria, no governo de São Paulo, instaurou toque de recolher das 22 às 5 horas, uma medida autoritária que serve unicamente para esconder a falta de investimento no combate a pandemia, mas que permite o contagio nos locais de trabalho.
São Joao Doria, defensor ferrenho do retorno das aulas presenciais, foi canonizado da noite para o dia na imprensa golpista e recebeu perdão por seus crimes, até mesmo de uma parcela da esquerda, por apresentar uma vacina que, além de apresentar a menor eficácia já registriada no mundo, já se esgotou em todos as cidades do país. A vacinação se configura uma verdadeira farsa, uma vez que não atingiu 2% da população brasileira.
Na cidade de Araraquara, interior de São Paulo, que manteve as fabricas e comercio funcionando desde o início da pandemia, não há mais leitos disponíveis e dezenas de pessoas aguardam uma vaga, há risco também de faltar oxigênio para os enfermos. Por isso, o prefeito, Edinho Silva (PT), decretou lockdown total, onde até mesmo supermercados foram fechados, porém o número de mortos e infectados continuaram a aumentar, o que demonstra que a medida autoritária serviu somente para reprimir a população e que não há saída individual para crise. É preciso abrir leitos e garantir medidas que permitam as pessoas ficar em casa, a lei apenas mostrou-se inócua.
Sem uma luta nacional contra os genocidas do país, não há como garantir as condições de se combater o coronavírus e tampouco as condições de vida para a população. É preciso mobilizar as amplas massas populares do país contra as demissões, por um auxílio de pelo menos uma salário mínimo. Os trabalhadores e suas organizações devem parar as indústrias e comércios não essenciais, bem como, reorganização das atividades essenciais em turnos reduzidos e com medidas de segurança para frear o contágio.
As organizações e movimentos sociais precisam convocar mobilizações por todo país para colocar fim ao governo Bolsonaro e ao golpe de estado para garantir testes e vacinas para toda população. A luta pelos direitos políticos de Lula, a maior liderança popular do Brasil, e a chave para a vitória contra o genocídio e contra os ataques às condições de vida do povo. É preciso ocupar as ruas por Fora Bolsonaro e Lula presidente.