A crítica à representatividade da classe trabalhadora no Estado burguês surge diante de desvarios políticos dos últimos tempos no Brasil. O programa de conciliação petista entrou em total falência e, junto com ele, toda a classe política de esquerda. Partidos políticos reformistas, a burocracia sindical, todos movem peças na tentativa de reconquistar a vitória em um jogo acabado: a democracia.
As aspirações revolucionárias foram jogadas no lixo há muito tempo pela esquerda. Hoje, aposta na tentativa de conciliação de classes, através de ações políticas dentro das instituições burguesas. O socialismo vem sendo utilizado apenas como impacto retórico ou como rótulo apresentável por personagens do atual cenário político brasileiro. Faz-se necessário, então, uma discussão sobre o esvaziamento teórico e o abandono da prática revolucionária.
É claro que, em momentos de crise, o Capital gera as condições objetivas de sua própria destruição. Porém, há de não esquecermos as condições subjetivas de revolta popular consciente do papel do proletariado na luta de classes. Este é o momento ideal para fomentar as aspirações revolucionárias do sujeito histórico mais poderoso: a classe trabalhadora.
A falência da esquerda política reflete a falência da democracia que, por sua vez, reflete a falência econômica do Neoliberalismo. Por isso, neste cenário de crise, há de reforçarmos a mobilização consciente das massas não só contra o atual governo desastroso e genocida, mas contra toda a base econômica de exploração capitalista.