Os países imperialistas, principalmente os Estados Unidos, estão utilizando a pandemia do Codiv-19 no nordeste da Síria, para fazer prevalecer seus interesses na região, em detrimento da saúde da população.
Para manipular as informações e criar mecanismos de intervenção disfarçados, os Estados Unidos fazem uso inclusive das “agências humanitárias” da ONU e da OMS “A Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo comunicado conjunto da Rússia e da Síria a OMS e as agências da ONU estão servindo de fachada para abastecer, inclusive com armas, grupos opositores do governo Sírio de Bashar al-Assad.
“Nessas circunstâncias, parece que a organização está exercendo pressão alinhada aos interesses ocidentais às custas do povo sírio e da segurança regional” (comunicado conjunto Rússia e Síria)
A guerra civil da Síria, que teve início em 2011, já causou o êxodo de mais 6 milhões de sírios, que foram para outros países ou migraram internamente. Depois da vitória das forças fiéis a Bashar al-Assad, com a derrota das forças rebeldes apoiadas pelo imperialismo, a região nordeste da Síria, que tem parte da sua população constituída por curdos e é cobiçada pelos países imperialistas por ter matérias-primas como hidrocarbonetos. A “ajuda humanitária” visa abrir passagem para o transporte de armas e controle das matérias-primas:
“os objetivos reais da abordagem agressiva do Ocidente para abrir a passagem de Al-Yarubiya estão representados na transferência, sem obstáculos, de armas para as milícias curdas, aliadas dos EUA. extrair ilegalmente matérias-primas dos hidrocarbonetos sírios, em vez de enfrentar a pandemia de coronavírus e fornecer ajuda humanitária à população civil da Síria.” (comunicado conjunto Rússia e Síria)
A imprensa capitalista internacional faz uma sórdida campanha de que o governo sírio impede a chegada de ajuda na região, uma tradicional manipulação das informações pelas agências de notícias internacionais. Por sua vez, a ONU divulgou relatório de uma Comissão de Inquérito da ONU sobre sete incidentes ocorridos na Síria, o secretário-geral da ONU, António Guterres “o impacto das hostilidades em locais civis e humanitários no noroeste da Síria é um lembrete claro da importância de todas as partes no conflito respeitarem o Direito Internacional Humanitário.” https://news.un.org/pt/story/2020/04/1709632
Na verdade, a declaração do secretário-geral da ONU está tão somente reforçando uma pressão dos países imperialistas na região. Sendo que o “Direito Internacional Humanitário” alegado é visivelmente uma justificativa para favorecer os interesses imperialista na região.
A OMS foi criada oficialmente em 1948, tendo como pressuposto formal o estabelecimento de processos, regras e instituições para “governança internacional” em saúde. Essa “governança” defende a “vida” em abstrato, mas vincula-se aos interesses de grupos privados multinacionais, incluindo corporações internacionais das indústrias farmacêuticas.
É interessante sublinhar que a OMS tão festejada, inclusive pela esquerda oportunista como sendo uma organização “humanitária” e “cientifica”, que defende a “vida”, como instituição do sistema internacional, criado no pós 1945, não é de forma alguma neutra ou isenta.
A função dos chamados serviços “humanitários” da ONU e da OMS no nordeste sírio é revelador que de que organismos internacionais como a OMS, são instrumentos do imperialismo.