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SUS

À beira de 500 mil mortos, governo tenta privatizar a saúde

Utilizando-se da CPI para enquadrar Bolsonaro, a burguesia "civilizada" aplaude a política de entrega do país

Com o objetivo de privatizar tudo o que é estatal, o governo golpista do fascista Bolsonaro, junto com seus asseclas, a exemplo do neoliberal, golpista, banqueiro e ministro de economia Paulo Guedes, bem como, o ministro a saúde, Marcelo Queiroga, está levando o país ao colapso. A crise do coronavírus infectou 16 milhões de pessoas e está e aproximando o País de meio milhão de mortos. Em meio a isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) está para ser entregue ao grande capital pelos capachos do imperialismo.

Conforme artigo publicado recentemente pela Fiocruz, foi lançado no dia 30 de abril pelo Ministério da Saúde, e termina hoje uma consulta pública sobre a Política Nacional de Saúde Suplementar para o Enfrentamento da Pandemia da Covid-19 (PNSS-Covid-19). O documento lista oito diretrizes  e seis princípios e objetivos voltados a promover uma maior “integração” entre o SUS e as operadoras de planos de saúde.

Em um cinismo sem precedentes, o governo que criou no país uma situação de hecatombe – mesmo com todo o esforço dos funcionários do SUS em assegurar assistências ao conjunto da população -, para atender aos planos de saúde, decidiu entregar a saúde do povo aos magnatas, exploradores do povo. Ou seja, que os capitalistas controlem toda a saúde pública. O governo tem a cara de pau de afirmar que se trata de medida “essencial” para a superação da crise sanitária.

O pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Leonardo Mattos coloca essa situação como algo “inacreditável” e relata que “o que vimos foi um ‘papelão’ das empresas de planos de saúde e dos hospitais privados no enfrentamento da pandemia. Todos se opuseram frontalmente, por exemplo, à integração dos leitos privados ao SUS com controle público”.

Na realidade, o que deveria ter ocorrido era simplesmente o governo, caso não fosse subserviente a esses capitalistas, exploradores do povo, ter confiscado todos os leitos, a bem dessa população. “Mas, de certa forma, não surpreende. É mais um capítulo de uma história que já está rolando há um longo tempo. Essa é uma agenda que está em disputa, principalmente, a partir de 2015. Com a abertura da saúde para o capital estrangeiro já dava para ver que grandes grupos econômicos estavam com outro patamar de poder e influência nas políticas públicas, mas isso foi se manifestando ao longo dos anos seguintes”, completa Mattos.

A “integração” entre o SUS e as operadoras tem aparecido com frequência como pano de fundo das propostas oriundas do setor privado para ampliar o mercado dos planos de saúde no país que vêm sendo apresentadas à sucessivos governos, como o chamado ‘Livro Branco’, editado em 2014 pela Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) e, mais recentemente, o ‘Mais Saúde’, desenvolvido pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) em 2019.

André Antunes, EPSJV/Fiocruz

Este diário vem denunciando em seus artigos as manobras do governo de comprar a preço de ouro vacinas das indústrias farmacêuticas para imunização da população. No entanto, não será só em relação à vacina que o povo vai ter que arcar com altos custos. A saúde como um todo também vai começar a pesar no bolso do conjunto dos trabalhadores, e da população, pois os ricos vão recorrer aos seus convênios, enquanto que a maioria vai acabar morrendo sem qualquer tratamento, uma vez que já não tem nem como comprar comida para se alimentar, quanto mais para realizar qualquer que seja o tratamento, porque, diferente do SUS hoje, quem não tiver dinheiro vai se juntar aos 500 mil mortos pelo Covid-19. É criminoso o que o governo está fazendo com o povo para beneficiar os grandes capitalistas.

Apesar da CPI

Apesar da farsa da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o governo continua agindo livremente em ataque aos trabalhadores e à população e, em beneficio dos patrões e o imperialismo, principalmente o norte-americano. Tanto é assim que sua pauta de privatizações continua a todo o vapor, enquanto vai sucateando um dos maiores patrimônios do povo, em relação à saúde pública, que é o SUS, está organizando a toque de caixa a entrega de uma das maiores empresas estatais do mundo que são os Correios. A Petrobras é outra empresa que está sendo fatiada e dividida aos abutres internacionais. Como denuncia o Sindipetro/BA, inúmeras plataformas já foram entregues, assim como a Transpetro, Liquigás e uma gama de outras empresas, inclusive o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Serpro, Dataprev, Casa da Moeda. O Banco Central também foi colocado para que os mega exploradores o controlem, através de sua “autonomia”.

A burguesia quer enquadrar Bolsonaro, mas está ávida para que o país se torne uma terra arrasada, que tudo fique em suas mãos e, que o governo somente sirva para ajudá-los nas crises, a exemplo dos mais de R$ 1.2 trilhão ofertados no ano de 2020, etc. A CPI, nesse caso, serve para enquadrá-lo e deixá-lo mais afinado à sua política, mostrando o quão é uma farsa, pois os aspectos importantes da política econômica de Bolsonaro não são tocados e, pelo contrário, incentivados.

A burguesia tentou utilizar a CPI para desgastar Bolsonaro e promover um nome do centrão como grande combatente contra Bolsonaro, a fim de gabaritá-lo para disputar as eleições de 2022 como uma terceira via, alternativa a Bolsonaro e a Lula. Entretanto, não conseguiu até agora nem desgastar Bolsonaro nem encontrar esse nome. É uma farsa a luta contra o bolsonarismo, pois enquanto todo esse “combate” é travado, o governo vai privatizando e sucateando o sistema de saúde e a burguesia e seus políticos profissionais nada falam – pelo contrário, incentivam!

Às ruas

Continuando a política do fique em casa e, de preferência, debaixo da cama, a esquerda, as direções do movimento sindical, que deveria, diante de tamanho ataque ao conjunto da classe trabalhadora e da população explorada, mobilizá-la, preferiram, sair em carreata. Essa não é uma forma efetiva de mobilização. Sequer pode ser chamada de mobilização, pois é estranha à organização dos trabalhadores. É ainda mais estranha porque o conjunto da esquerda, pressionado pelas bases, já deliberou pela volta dos protestos de rua, marcados para os próximos dias 26 e 29.

É preciso tirar o pijama, chamar os trabalhadores à luta, nas ruas, com greve e ocupações para acabar com essa sorte de coisas que está levando ao total desemprego, fome e miséria e, consequentemente, a morte e contaminação pela pandemia do Covid-19.

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