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"Dormindo com o inimigo"

A arapuca da frente ampla

Se a direita tradicional não emplacar um candidato, com apoio da esquerda, vai apoiar Bolsonaro em 2022. A esquerda precisa lutar por uma alternativa própria, com Lula candidato

Nas recentes eleições para as mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, a esquerda parlamentar – sob o comando de suas alas mais direitistas – colocou em prática a política de frente ampla com a direita golpista e até com o bolsonarismo.

Essa política, levou a esquerda a “se misturar com os porcos e comer lavagem”, como diz o ditado popular. Passando por várias humilhações e chegando à desmoralização final da disputa da insignificante segunda Secretaria da Câmara entre três candidatos petistas, vencida pela candidatura avulsa da Resultado de imagem para Arthur Lira e Marilia Arraesdeputada Marília Arraes(PT-PE, foto), que não era a candidata oficial da bancada e foi eleita com o voto do centrão e bolsonaristas.

Isso depois do bloco da esquerda com a direita golpista, liderado por Rodrigo Maia (DEM-RJ) ter se espatifado, com a maioria dos supostos aliados da frente ampla, da direita golpista, ter se bandeado diretamente para o lado do candidato do “centrão” e de Bolsonaro, deputado Arthur Lira (PP-AL), eleito presidente da Câmara com 302 votos contra apenas 145 votos de Baleia Rossi(MDB-SP).

Esquerda se internou ao “bloco dos 11”, dirigido por Rodrigo Maia (DEM)

Isso quando apenas os partidos que se reivindicam da esquerda teriam na Câmara cerca de 130 votos, o que evidencia que além da debandada geral dos deputados da direita, de partidos como o DEM, PSL (que inicialmente integravam o bloco), PSDB, MDB etc., se deu também o desvio de votos da esquerda para o candidato oficial da direita.

Resultado de imagem para PT e Rodrigo Pacheco
O ex-líder do PT, Rogério Carvalho (esquerda), que ficou com o cargo na Mesa após eleição de Pacheco (direita)

A mesma política desmoralizante se deu no Senado Federal, onde onde os setores mais direitistas da esquerda impuseram o apoio ao candidato do centrão e de Bolsonaro, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para conseguirem uma “boquinha”, a terceira secretária da mesa do Senado.

Ficou evidente que a frente ampla serviu apenas para que a direita se mantivesse a esquerda a reboque, sob seu controle, enquanto negocia o apoio a Bolsonaro.

Pela direita, fica evidente que a burguesia golpista não só não conseguiu ainda se unificar em torno de uma alternativa para enfrentar no terreno eleitoral Bolsonaro, como até mesmo que ela tende a se unificar em torno do mesmo, como fez em 2018, diante de um enfrentamento com a esquerda. Diante do que acreditar em um suposto movimento comum com essa direita “progressista”, “científica” etc.- como divulgam setores da esquerda burguesa e pequeno burguesa –  é pura ilusão e leva a esquerda a um beco sem saída, a novas derrotas e humilhações.

Se a direita tradicional não emplacar um candidato próprio – e conseguir arrastar a maioria da esquerda – principalmente o PT – para essa política reacionária, repetindo aqui a alternativa “Joe Biden” (com um candidato direitista sendo apresentado como “mal menor”, quando na realidade é ainda pior do que o candidato da externa direita), vai apoiar Bolsonaro em 2022.

O que ocorreu no Congresso Nacional, repete o que se viu nas eleições municipais, quando a esquerda cai na armadilha de apoiar candidatos direitistas, da direita e da esquerda, impulsionados pela imprensa golpista e abdicou de impulsionar qualquer luta real contra os golpistas e seus ataques contra o povo trabalhador.

Para romper com essa política é preciso deixar para trás a política de “dormir com o inimigo”, de frente ampla com a direita golpista, defendida a ferro e a fogo pelo PCdoB, maioria do PT e direita do PSOL.

O ativismo de base, classista da esquerda, precisa se levantar contra essa perspectiva de derrotas, para impulsionar nas ruas uma política independente da burguesia, de luta com um programa próprio dos explorados contra todas as alas da direita. Da mesma forma os que quiserem superar – pela esquerda – essa política de “mergulhar na pocilga da direita”, os quais precisam passar pelo chuveiro da luta de classe, tirar a lama e lutar pelos interesses dos trabalhadores.

Uma arama fundamental que deve ser usada nessa luta, e que serve para criar melhores condições para uma ampla mobilização popular, é a candidatura presidencial do ex-presidente Lula, única capaz de unir amplas parcelas da eqüeva, principalmente suas parcelas mais combativas, as organizações da classe operárias e dos explorados do campo e da cidade e da juventude.

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