Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) em assembléia manifestaram seu apoio a palavra de ordem de “Lula livre” como parte fundamental das reivindicações para a greve geral do próximo dia 14. Com enorme acerto político, os estudantes dão relevo a uma questão política chave no atual cenário político, apesar da tentativa dos grupos da esquerda golpista, como o PSTU e o Território Livre, de tirar essa pauta das reivindicações.
O ex-presidente Lula é um preso político da direita e da extrema-direita que usurpam o poder, sua prisão foi o ponto essencial para que a extrema-direita e a burguesia de conjunto pudessem manipular a eleição e dar a vitória ao fascista Jair Bolsonaro. Contudo, aquilo que já era claro para um amplo setor da população, tornou-se transparente aos olhos de toda a população com o vazamento de conversas entre o acusador e o juiz, hoje ministro de Bolsonaro, que sentenciou Lula. Mostrou-se aí o caráter persecutório e criminoso da ação, bem como o conluio do MPF, da Lava-Jato e do Judiciário na figura do desclassificado Moro, para perseguir o ex-presidente e a esquerda.
Exigir a liberdade do ex-presidente, como apoiam os estudante é, naturalmente, por extensão, reconhecer o arbítrio de que Lula é vítima e as motivações deste arbítrio, ou seja, impedi-lo de ganhar a eleição Com ficou provado o Estado dominado pelos golpistas e suas instituições, principalmente o Judiciário, criminosamente conspiraram junto com os monopólios de comunicação para retirar do pleito eleitoral o candidato mais popular das eleições presidenciais últimas e com isso conseguir eleger um candidato minoritário.
Por tanto, a palavra de ordem, que os estudantes já exclamam, de liberdade para Lula, carrega consigo outras, por consequência: lógica, “fora Bolsoraro!”e “eleições gerais com Lula candidato”. Aquela por ser o governo ilegítimo e produto de uma fraude perpetrada através do crime que foi a prisão ilegal de Lula, essa por ser também a consequência lógica, a fraude eleitoral só poderá ser reparada por eleições livre e soberanas, onde seja o povo quem decide.