A injusta condenação do judeu Alfred Dreyfuss provocou a reação de diversos intelectuais, entre eles o escritor francês Émile Zola.
Dreyfuss, um oficial do exército francês, fora condenado em um processo fraudulento, como Lula, No Brasil. Quando as autoridades descobriram a fraude, procuraram ocultar o caso. Uma vez descoberto, tornou-se um escândalo, o qual dividiu a opinião pública francesa, instigando ataques xenofóbicos e antissemitas por parte da extrema-direita, e uma reação contra a injustiça por parte de intelectuais, legalistas e políticos de esquerda.
O primeiro defensor de Dreyfuss foi o brasileiro Ruy Barbosa que se encontrava na França. Contudo, foi o artigo de Zola que provocou a maior reação, provocando, inclusive, uma onde de ataques antissemitas na Argélia.
Como o artigo acusa (J’Accuse quer dizer “eu acuso”) diversos oficiais e membros do judiciário francês, Zola é levado ao tribunal para responder processo de calúnia. Acaba condenado a um ano de prisão e pagamento de multa.
Na reabertura do caso, a pena de Dreyfuss é comutada de prisão perpétua na Ilha do Diabo para dez anos de prisão. Em 1899, Dreyfuss será anistiado, mas ainda culpado. Apenas em 1906. Zola será assassinado em 1902, antes de ver o final do processo. Ainda ocorrerá uma tentativa de assassinato contra Dreyfuss em 1908, mas ele sobreviverá.