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7 de agosto de 1900 – morre o revolucionário Wilhelm Liebknecht

Há 119 anos, morria Wilhelm Liebknecht, líder político revolucionário, contemporâneo de Marx e de Engels, importante ativista e articulador de algumas das mais importantes organizações de trabalhadores na Alemanha na segunda metade do século 19, incluindo a gigantesca e poderosa Social-Democracia Alemã.

Wilhelm Martin Philipp Christian Ludwig Liebknecht nasceu em 1826 em Giessen, Hesse. Filho de um funcionário público, estudaria filologia, teologia e psicologia em sua cidade natal, Berlim e Marburg. Perseguido pela repressão por sua militância no movimento estudantil, decidiu emigrar para os Estados Unidos. No caminho, conheceu o diretor de uma escola progressista de Zurique onde aceitou lecionar voluntariamente, o que o colocaria na Suíça quando do início de uma guerra civil no país em 1947, passando trabalhar como correspondente do jornal alemão Manheimer Abenbdzeitung.

Quando eclodiu a revolução de 1848 em Paris, tentaria em vão chegar ao centro dos acontecimentos, redirecionando sua jornada para a Alemanha, onde planejava juntar-se à insurreição que também estalava naquele país. Foi preso no caminho, acusado de traição, sendo libertado pelo próprio movimento popular no dia de seu julgamento. Uniria-se às forças de Gustav von Struve que seriam derrotadas. Preso, se casaria com a filha de um carcereiro em Freiburg, Ernestine Landolt, com quem teria duas filhas. Exilou-se de volta na Suíça, tornando-se um dos líderes da Genfer Arbeiterverein [Associação dos Trabalhadores de Genebra], conhecendo Friedrich Engels.

Seria também várias vezes preso por sua atividade revolucionária, acabando exilado para Londres, onde residiria entre 1850 e 1862. Como membro da Liga Comunista, Wilhelm travaria contato com Karl Marx, de quem seria amigo e colaborador pelo resto da vida. Anistiado, retornaria à Alemanha em 1862, tornando-se membro da Allgemeiner Deutscher Arbeiterverein (ADAV) [Associação Geral dos Trabalhadores Alemães], liderada por Ferdinand Lassalle. Trabalhando na revista Der Sozial-Demokrat [O Social-Democrata] entre 1864 e 1865, sendo tanto demitido por sua discordância com as posições governistas do editor Jean Baptista von Schweitzer quanto exilado de Berlim pelo Regime de Otto von Bismark. Com a morte de sua esposa, se casaria com Natalie Reh, com quem teria mais cinco filhos, incluindo o célebre Karl Liebknecht, um dos fundadores do Kommunistischen Partei Deutschlands (KPD) [Partido Comunista da Alemanha] em 1919.

Mudou-se para Leipzig, fundando com August Bebel o Sächsiche Volkspartei [Partido Popular Saxão] em 1867 e, em 1869, o Sozialdemokratische Arbeiterpartei Deutschlands (SDAP) [Partido Operário Social-Democrata da Alemanha], sendo eleito parlamentar enquanto editava o periódico Der Volksstaat [O Estado do Povo]. Por sua oposição frontal à Guerra Franco-Prussiana, seria acusado de traição e condenado a dois anos de cárcere juntamente com Bebel – uma das 16 vezes em que foi detido pela Repressão.

Os fundadores do SPD. Acima: August Bebel, Wilhelm Liebknecht (SDAP). Ao centro: Karl Marx como idealizador. Abaixo Carl Wilhelm Tölcke, Ferdinand Lassalle (ADAV).

Reeleito para o Reichstag em 1874, seu papel foi crucial na inclusão do ADAV de Lassalle no SDAP em Gotha, em 1975. Editando a revista Vorwärts [Avante] – órgão de imprensa oficial do Partido – sua linha editorial promoveu a integração das teorias de Marx ao programa do Partido, que cairia em relativa clandestinidade entre 1878 e 1890, sendo permitida a eleição de parlamentares. Mais uma vez no Reichstag, Liebknecht fez uma feroz crítica ao Regime ao mesmo tempo em que dava combate às tendências anarquistas de seu próprio partido. Em 1890, o partido sairia da ilegalidade com 20% dos votos como o Sozialitische Arbeiterpartei Deutschlands (SPD) [Partido Social-Democrata da Alemanha] em 1890 – baluarte das organizações de esquerda europeias, de onde emergiria o próprio Partido Comunista Alemão décadas mais tarde.

Por uma década, Liebknecht se manteria ativo no comando da Vorwarts, participando da organização da Segunda Internacional Socialista em 1889. Quando de sua morte aos 74 anos, estima-se que 50 mil pessoas tenham acompanhado seus funerais em Charlottenburg, nas imediações de Berlim.

 

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