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7 coisas que você precisa saber para entender o que está acontecendo na Venezuela

Os últimos anos foram marcados por uma série de golpes de Estado na América Latina. Em Honduras, a Suprema Corte hondurenha e o Exército hondurenho  prenderam e exilaram o presidente eleito Manuel Zelaya, que representava interesses locais que divergiam dos interesses do imperialismo. Em 2012, no Paraguai, e em 2016, no Brasil, um mesmo recurso foi utilizado para depor presidentes de esquerda, ligados ao movimento popular: o impeachment, que levou os deputados paraguaios a interromper o mandato de Fernando Lugo e os brasileiros, de Dilma Rousseff.

Em outros países latinos, o golpe de Estado apareceu de maneira menos escancarada. Na Argentina, em 2015, foi eleito o governo neoliberal de  Mauricio Macri, que ganhou em meio a uma ofensiva do Judiciário e da Polícia sobre a então presidenta Cristina Kirchner. No Equador, em 2017, foi eleito Lenin Moreno, que era um homem de confiança do então presidente Rafael Correa – no entanto, Moreno se vendeu para o imperialismo e está entregando o país para os parasitas mundiais.

Embora desde 2008 a burguesia mundial tenha conseguido dar todos essss golpes, na Venezuela, o governo nacionalista de Nicolás Maduro vem resistindo à sabotagem imperialista. Após duas tentativas de assassinato e várias tentativas de golpe, Maduro permanece no poder e tem tomado uma série de medidas para reagir à ofensiva da direita.

1. A Venezuela tem a maior reserva de petróleo do mundo

Se um dos objetivos do golpe de Estado do Brasil era levar a Shell, a Chevron e outras empresas estrangeiras a saquear todo o petróleo nacional, é óbvio que a questão do petróleo é decisiva para os interesses do imperialismo em relação à Venezuela. O país possui a maior reserva de petróleo do mundo, de modo que, na crise catastrófica em que se encontra o capitalismo, qualquer coisa seja válida para que a burguesia dos países imperialistas tomem de assalto a Venezuela. O próprio diplomata John Bolton, que é um dos porta-vozes da burguesia norte-americana, falou que seria bom se as empresas americanas abocanhassem o petróleo venezuelana.

2. Nicolás Maduro foi eleito há menos de um ano, com 68% dos votos

Muito diferentemente de Michel Temer, que só se tornou presidente do Brasil por meio de um golpe de Estado, Nicolás Maduro foi eleito pela maioria do povo venezuelano. Em eleições democráticas, acompanhadas por vários órgãos ligados aos movimentos populares da América Latina, Maduro venceu com folga todos os seus adversários. Além disso, a campanha de Maduro foi toda apoiada em um verdadeiro movimento de massas, o movimento dos trabalhadores venezuelanos em luta contra os abusos do imperialismo.

3. O governo venezuelano distribui cestas básicas para 6 milhões de famílias por meio dos CLAP (Comitês Locais de Abastecimento e Produção)

Uma das mentiras mais veiculadas pela imprensa golpista em relação à Venezuela é a de que o presidente Nicolás Maduro estaria matando o povo de fome. Diferentemente do que tem feito o presidente argentino golpista Mauricio Macri, que está falindo o país a mando dos norte-americanos, Maduro criou, em 2006, os CLAP (Comitês Locais de Abastecimento e Produção) para garantir a alimentação dos venezuelanos. Nos CLAP, as próprias comunidades fornecem e distribuem os alimentos que são tidos como prioritários. Com esse sistema, o governo venezuelano consegue distribuir cestas básicas para 6 milhões de famílias.

4. A “ajuda humanitária” não paga um mês e meio das cestas dos CLAP

Se o governo venezuelano, apesar de todo o boicote econômico, consegue suprir as necessidades do povo, o imperialismo, que concentra quase toda a riqueza mundial, estaria disposta apenas a dar algumas esmolas para a Venezuela. A “ajuda humanitária”, organizada por países como França, Inglaterra e Estados Unidos, não chega a se equiparar a um mês e meio do abastecimento feito por meio dos CLAP.

5. “Ajuda humanitária” é um pretexto para invadir o país

O imperialismo á utilizou, em inúmeras ocasiões, o pretexto da “ajuda humanitária” para preparar uma intervenção criminosa nos países que visava dominar. A “ajuda humanitária” é um “Cavalo de Troia” – o objetivo nunca é suprir o povo de suas necessidades, mas sim infiltrar armas e todo o tipo de equipamento necessário para que a direita do país consiga derrubar o governo que não sirva de capacho para o imperialismo. Além disso, a “ajuda humanitária” serviria como uma propaganda hipócrita da burguesia mundial, de modo a mostrar que países como os Estados Unidos e a França seriam “democráticos” e “humanos”, em oposição ao “ditador sanguinário” Maduro.

A maior prova de que os países imperialistas não estão interessados em ajudar o povo venezuelano é que eles são o único responsável pela crise em que o país se encontra. Os Estados Unidos, apoiados pelos demais países imperialistas, vêm impondo sanções econômicas absurdas para forçar uma crise na Venezuela.

6. O valor da “ajuda humanitária” até agora é de US$80 milhões – só da CITGO roubaram US$ 23 bilhões no mês passado

A CITGO é uma empresa petrolífera norte-americana. No entanto, em 1990, a PDVSA (Petróleo de Venezuela S.A.) comprou a filial venezuelana da CITGO, transformando-a em parte da estatal venezuelana. Desde então, a CITGO é vinculada ao governo venezuelano, tendo seus dirigentes nomeados diretamente pela Presidência da República. No entanto, após o golpista Juan Guaidó se autodeclarar presidente da Venezuela, os Estados Unidos bloquearam todos os ativos da PSDVA sob a jurisdição norte-americana (isto é, aqueles pertencentes à CITGO). Com isso, o imperialismo conseguiu causar um estrago de R$ 23 bilhões na Economia venezuelana em apenas um mês, o que equivale a mais de vinte vezes mais o que será gasto com a suposta “ajuda humanitária”.

7. Com o golpe na Venezuela, o imperialismo visa controlar toda a região

A Venezuela, além de ser rica em petróleo, ocupa um papel importante na Política latino-americana. Situada no norte da América do Sul, a Venezuela faz fronteira com países como o Brasil e a Colômbia e é muito próxima da América Central. Além disso, o fato de ter um governo nacionalista há 20 anos colocou sob a Venezuela a responsabilidade de ajudar os países vizinhos a se organizarem contra as investidas do imperialismo.

O chavismo é o único regime político na América do Sul que não sucumbiu aos ataques da burguesia mundial. O governo boliviano, embora esteja sob o comando de Evo Morales, já deu vários sinais de que há uma disposição para a colaboração com os países imperialistas. Por outro lado, uma derrota do imperialismo na Venezuela será uma contribuição gigantesca para que os trabalhadores dos territórios vizinhos se levantem contra a ofensiva golpista e se livrem da escória que tomou seus países de assalto.

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