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6 casos que mostram que empresas privadas não são eficientes e sim catastróficas

O crime dos capitalistas da mineradora Vale S.A. em 2015 no município Mariana-MG, e em 2019 em Brumadinho-MG, que resultou em 319 pessoas mortas e desaparecidas vai adentrar no incomensurável rol de crimes que os capitalistas fazem contra a população por conta do descaso com a segurança da população que mora no entorno do polo produtivo e por conta da ânsia desenfreada em lucrar.

É preciso compreender que o caráter dos capitalistas não levam em conta a vida e a segurança dos seus trabalhadores. Se não fosse uma reivindicação da luta da classe operária conquistada nas ruas, os direitos relativos a segurança dentro da empresa sequer existiriam. Ainda assim, mais uma vez, uma população inocente foi vítima dessa escória que prefere economizar nas manutenções e no melhor material para a construção das barragens a fim de que o lucro possa ser maior. A alucinação dos liberais fascistóides sobre a ‘mão invisível’ que regula o mercado de entes privados e oferece os melhores produtos e serviços à população foi enterrada pela lama.

A entrega, em 1997, da Vale para os capitalistas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi o prenúncio dos crimes que aconteceram. Ademais, os capitalistas da vale não moram na região de Brumadinho, não trabalham nesses lugares e, portanto, estão totalmente alheios à realidade do risco que essa população enfrentou. Na realidade, os donos da vale estão vivendo sua vida luxuosa em em algum lugar do país, ou em algum lugar do mundo, gozando das riquezas que vieram da exploração dos trabalhadores.

Importa lembrar, que a Vale, em abril de 2018, detinha um plano de emergência para eventual rompimento da barragem em Brumadinho e, ao longo daquele ano, a empresa realizou manobras de fuga com seus funcionários. Mesmo assim, para que seus investimentos não despencassem por conta do risco de rompimento, nada fez para alertar a população de Brumadinho. Em outras palavras, para que seus lucros não diminuíssem, resolveu esperar a “mão invisível” conter a força da lama, que levou a desgraça para as famílias de Brumadinho.

Então, já que em qualquer lugar que uma empresa nas mãos do capitalistas gera riscos à população local, listamos 6 casos para ilustrar melhor esse problema de gestão pelos capitalistas:

1) Vazamento de Bhopal – 1984

Bhopal é uma cidade da Índia onde houve o vazamento de agrotóxicos de uma fábrica em 1984. Cerca de 40 toneladas de gases tóxicos foram liberados, matando mais de duas mil pessoas.

2) Navio Exxon Valdez – 1989

Em 1989, o petroleiro chocou-se com rochas marinhas no Alasca. Foi derramado 40 milhões de litros de petróleo. Da incontável destruição à biota marinha, foram averiguadas as mortes de cerca de 260 mil pássaros, 8 mil lontras, 22 orcas, 250 águias.

3) Explosão da plataforma da British Petroleum – 2010

No Golfo do México, a plataforma petrolífera da British Petroleum explodiu em 2010. Foram 3 meses de derramamento ininterrupto de petróleo com aproximadamente 4 milhões de petróleo derramados. Foram mortos 11 trabalhadores e 17 ficaram feridos.

 

4) Vazamento na Bacia de Campos – 2010

Em 2011, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, por excesso de pressão na perfuração de um dos poços da petroleira Chevron, houve vazamento de 3.700 barris de petróleo no mar, formando uma mancha de 162 km².

 

5) Rompimento da barragem em Mariana-MG – 2015

Em 2015, em Mariana, Minas Gerais, foi rompida a barragem de Fundão que continha rejeitos da mineração da companhia Samarco, controlada pela Vale. Foram mortas 19 pessoas e contaminou com metais pesados, como chumbo, arsênico e mercúrio, o rio Doce, bacia da qual abastece 230 municípios do Estado do Espírito Santos. Foi o maior desastre ambiental registrado no Brasil que continua causando a destruição dos ecossistemas afetados pelo desastre.

 

6) Rompimento da barragem em Brumadinho-MG – 2019

 

Na última sexta-feira de janeiro (25), foi rompida a barragem de rejeitos minerais da mineradora Vale. A lama avançou sobre a cidade de Brumadinho, deixando, entre mortos e desaparecidos, o número de 319. É considerado o maior acidente de trabalho do Brasil.

Por esses exemplos, verifica-se que as empresas não devem ficar na mão dos capitalistas que ignoram os riscos humanos e ambientais em prol da lucratividade. Para que esses crimes não se repitam, a própria sociedade que sofre com os riscos da atividade produtiva deve controlar essas empresas. Portanto, mais do que nunca, essas empresas devem estar sob controle dos trabalhadores, somente dessa forma haverá o controle racional da produção e do seus riscos.

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