Entre os dias 10 e 14 de julho, Brasilia irá sediar pela quarta vez o Congresso da UNE, o 57° CONUNE, que se reúne a cada dois anos, a fim de discutir os rumos do movimento estudantil. Esse ano, o Congresso chega no meio de uma crise política muito grande, que envolve eleições fraudulentas, retirada de direitos, desmonte das universidades públicas, etc., o que esquenta ainda mais o debate entre os estudantes.
A expectativa é de que as vozes da maioria dos estudantes finalmente se unam com a voz de todo povo pelo Fora Bolsonaro, que é a personificação de toda a destruição da educação brasileira, exemplificada nos cortes em investimentos pra educação, cortes de bolsas de estudo, destruição dos concursos públicos, privatizações e terceirizações. Isso, apesar das manobras da direção para que isto não ocorra. É hora do movimento estudantil se unificar em torno da luta contra os golpistas, pois a cada dia, a repressão e exploração engrossam o sistema capitalista e dão tempo para que o Estado organize seus aparatos repressores contra a população.
A UNE já tem familiaridade no combate a propostas e a governos reacionários, como por exemplo nos anos 40, em que a UNE foi protagonista no movimento pela defesa do petróleo e mesmo depois do Golpe de 64, quando a UNE foi colocada na ilegalidade, os estudantes continuaram atuando na luta contra a ditadura.
Assim como na onda de manifestações de 2013 – que a direita cretinamente surrupiou com a tática de gritar por não ter bandeiras nas manifestações – em que a UNE participou em peso, agora é hora de também mobilizar o movimento estudantil, junto com outros setores progressistas, e unanimemente chamar o Fora Bolsonaro, eleito num processo completamente fraudulento em que o candidato que o povo queria votar, Lula, foi preso às pressas e sem provas.
A população não vai e nem tem que aturar o governo Bolsonaro até 2022, isso é uma falácia difundida pelos partidos de direita e da esquerda pequeno-burguesa que estão de olho na disputa de cargos. O 57° Congresso da UNE precisa chamar o Fora Bolsonaro e pedir por eleições gerais, afinal, é a educação que também está em jogo. É absurda a quantidade de estudantes da classe trabalhadora que ficam de fora das universidades públicas, tendo que se sujeitar às universidades particulares, com preços abusivos e qualidade duvidosa. Todos esses problemas tendem a aumentar se o movimento estudantil não resgatar seu caráter mais combativo e ir às ruas, juntos com outros setores da sociedade e exigir o Fora Bolsonaro e todos os golpistas.